Resumo de Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago

Mergulhe em Ensaio sobre a cegueira de Saramago, uma reflexão profunda sobre a natureza humana em meio ao caos da cegueira coletiva.

Prepare-se para embarcar em uma viagem bem peculiar em Ensaio sobre a cegueira, do sempre enigmático José Saramago. Este livro nos apresenta um cenário tão surreal que parece ter saído de uma combinação entre uma alegoria filosófica e um roteiro de filme de terror psicológico. Tudo começa em um dia qualquer, quando um homem, que não tem nome (porque sempre são os nomes que complicam as coisas), fica cegamente cego, como se o mundo tivesse decidido dar um "chega pra lá" nele. E, adivinha? Essa "cegueira branca" se espalha como uma epidemia; um verdadeiro "contágio de não ver".

À medida que a cegueira avança, nossos pobres personagens - que, aliás, não têm nomes (será que Saramago queria que esquecêssemos de quem se trata?) - são colocados em uma quarentena em um antigo manicômio. E adivinha? As coisas não ficam exatamente perfeitas ali dentro. Na verdade, o que já era uma epidemia se transforma em um verdadeiro caos! Basicamente, parece um festival de comportamento humano em sua forma mais crua. Se você pensou que seu vizinho é estrondoso quando não tem proteína no café da manhã, espere só para ver o que acontece quando um grupo de pessoas é privado não só da visão, mas também da civilidade!

Enquanto os cegos andam tateando por aí, Saramago nos faz refletir sobre a natureza da humanidade. A moral da história - e sim, tem uma, por mais absurda que pareça - é que, quando tudo está em jogo, as pessoas podem ser tanto um bando de animais quanto uma manada de anjos, dependendo da situação. Uma verdadeira "caixinha de surpresas", que revela que a fraqueza humana pode se tornar uma virtude quando a desespero bate à porta.

Mas ei, não se engane, a autora ainda consegue colocar uma pessoa com visão no meio de tudo isso: a esposa do médico. Ela é a única que consegue enxergar e, em meio a tanta "escuridão", representa uma luz, como a poeira se acumulando no canto da sala - uma metáfora! Essa mulher, sem querer spoilers, acaba se tornando o farol em meio ao nevoeiro, mostrando que até nas piores calamidades, a esperança e a solidariedade ainda têm espaço.

No entanto, prepare-se: a leitura não é leve como uma pluma. A prosa de Saramago é como um labirinto, com vírgulas organizadas que mais parecem quebra-cabeças. Os diálogos são extensos e, em muitas partes, chegam a ser um exercício de paciência. Mas, ah, como vale a pena! Após essa jornada cativante, você pode até ficar cego para o que realmente importa - que é a própria visão do ser humano.

A grande questão é: será que a cegueira é um estado físico ou emocional? E quem diria que, no fundo, todos nós somos um pouco cegos? Ensaio sobre a cegueira traz esses questionamentos pesados em um pacote que é tanto uma crítica social quanto uma fábula moderna sobre o que significa ser humano. Uma reflexão potente sobre a nossa capacidade de ver e, principalmente, de não ver.

Então, da próxima vez que você se pegar ignorando algo evidente, lembre-se desta obra-prima. E, já que estamos evitando spoilers, não vou contar mais - mas a cegueira não é a única coisa que se espalha, e, se você quiser mesmo saber como, será melhor ler o livro você mesmo!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.