Resumo de A campanha abolicionista na revista illustrada (1876-1888): Ângelo Agostini e a educação do povo, de Mônica Vasconcelo
Aprecie como a arte de Ângelo Agostini na Revista Illustrada revolucionou a luta abolicionista no Brasil com humor e educação. Entenda essa relação!
sábado, 16 de novembro de 2024
Se você achava que a luta pela abolição da escravidão no Brasil era só coisa de gente brava e militante, prepare-se para rever seus conceitos. A autora Mônica Vasconcelo nos traz em A campanha abolicionista na revista illustrada (1876-1888) uma visão que mistura arte, educação e uma pitada de humor em meio a um dos períodos mais acalorados da nossa história. Vamos entrar nesse enredo que, além de tudo, tem ilustrações que dão até vontade de ser artista!
Inicialmente, vamos situar a cena: o Brasil nos anos 1870, um país em plena ebulição em relação à questão da escravidão. Enquanto a galera se dividia entre os que queriam continuar com a escravidão e os que já estavam em uma maré abolicionista, a Revista Illustrada, feita pelo rábula das artes Ângelo Agostini, surfava na crista da onda dessa polêmica. E, como se não bastasse, Agostini era um verdadeiro mestre em fazer críticas sociais através dos seus desenhos. Quer coisa melhor do que criticar enquanto se faz arte?
A autora vai esmiuçando a comunicação visual que estava em voga e como Agostini, com suas charges e ilustrações, se tornou o "voz" de uma geração que clamava pela liberdade. E sim, estamos falando de liberdade de maneira bem visual! A revista não só abordava a temática da abolição, mas também contava com uma vasta gama de assuntos que iam de educação a política, num verdadeiro buffet de informações. Numa dessas, o povo rolava as ilustrações, e a mensagem anti-escravocrata chegava com aquele tchan que só Agostini sabia dar.
Vasconcelo nos guia pelas estratégias de comunicação utilizadas nesse período. Ela ressalta que, embora o abolicionismo estivesse inserido num contexto de luta política e social, ele também se preocupava em "educar" a população. Aqui, a educação do povo não era apenas uma questão pedagógica, mas sim um instrumento para transformar e conscientizar. Vale dizer que, de forma sábia, a autora conecta passado e presente, mostrando que muitas das questões discutidas ainda estão na nossa cara até hoje. Spoiler: a gente ainda tem que se educar pra caramba!
A pesquisa de Mônica Vasconcelo é minuciosa, e ela não perde tempo em trazer exemplos de como essas ilustrações impactavam a mentalidade popular. Com um toque de ironia, ela destaca que a arte não era apenas uma maneira de fazer bonito; era uma forma de protestar, de questionar e, claro, de chamar a atenção de quem ainda estava dormindo em berço esplêndido.
Portanto, A campanha abolicionista na revista illustrada é boa para quem quer entender a complexidade da luta abolicionista com uma dose generosa de arte e humor. O livro faz um papel de tradutor das histórias que foram arquivadas, trazendo à luz personagens e discursos que moldaram nossa história e, ainda por cima, nos ensina um bocado sobre o papel da educação na transformação social.
Se você estava pensando que abolição era só discurso sério e pessoas preocupadas, pense de novo! Aqui, temos arte provocadora, educação em ação e o eterno debate sobre liberdade, tudo em um formato que poderia facilmente fazer sucesso nas redes sociais de hoje. E se você pensou em fugir da leitura, calma! Aqui não é só texto chato, é arte e luta na mesma página!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.