Resumo de Constituição e direito na modernidade periférica: Uma abordagem teórica e uma interpretação do caso brasileiro, de Marcelo Neves
Explore a análise de Marcelo Neves sobre a Constituição na modernidade periférica e como ela pode ser um agente de transformação social no Brasil.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Prepare-se para uma viagem ao mundo das leis e dos direitos, mas não aquele mundo monótono dos filmes de tribunal; aqui estamos falando de um passeio pelas entranhas do direito brasileiro na chamada modernidade periférica. O autor, Marcelo Neves, se propõe a discutir como a Constituição brasileira, essa moça que vestiu a camiseta da democracia, se comporta no contexto das desigualdades sociais.
Então, do que se trata esse livro? Neves mergulha em um pool de conceitos que deveriam fazer qualquer estudante de Direito querer fazer uma dança da vitória. Ele começa estabelecendo a distinção entre modernidade e modernidade periférica. Aqui, o autor não está apenas falando da geladeira da sua avó, mas sim, de um conceito que diz respeito ao modo como diferentes países enfrentaram o desafio da modernização. Enquanto alguns passaram pela modernização sem maiores traumas, o Brasil teve que fazer malabarismos, equilibrando-se em uma corda bamba de desigualdades e injustiças.
A obra se debruça sobre a Constituição de 1988, a famosa "Constituição Cidadã", e apresenta uma análise de como seus princípios se aplicam em um país que é praticamente um patchwork de desigualdades. Neves não faz questão de economizar nas palavras e nos termos técnicos, então, cuidado com o jargão jurídico que pode te fazer pensar que está assistindo a um episódio de Law and Order, mas com legendas.
Ao longo do livro, o autor apresenta uma série de propostas teóricas que buscam não só entender a realidade jurídica do Brasil, mas também como a Constituição pode ser um instrumento de transformação social. Para ele, não basta olhar apenas para o texto da lei; é preciso entender como ela se relaciona com as dinâmicas sociais, econômicas e políticas do país.
E se você achava que a Constituição era um documento empoeirado, essa obra vai te provar que não: Neves aponta que a Constituição pode (e deve) ser um agente ativo nas lutas por direitos. É como a avó que, ao invés de só te dizer o que fazer, ainda bota a mão na massa e prepara um banquete.
Entre as discussões, ele também toca no papel do Estado e da cidadania, além de abrir a caixa de Pandora sobre a justiça social. Calma, não vamos falar aqui sobre como o Santos ganhou do São Paulo, mas sim sobre como a constituição deveria trabalhar para garantir direitos a todos e não apenas a uma pequena elite que parece ter mais acesso a passeios de luxo e menos a direitos básicos.
E se você achou que teria um final feliz, prepare-se para algumas verdades duras. O autor não se esquiva das críticas ao sistema jurídico brasileiro e nos convida a olhar de frente para os problemas que ainda nos assolam. Pode ser que você termine a leitura com uma sensação de "e agora, José?", mas pelo menos terá mais conhecimento para gritar durante as próximas discussões de bar sobre justiça e cidadania.
Em resumo, Constituição e direito na modernidade periférica é uma obra que propõe uma reflexão profunda sobre o papel do direito na sociedade brasileira contemporânea. Prepare-se para uma leitura que combina teoria, crítica social e um olhar aguçado sobre a complexa relação entre Estado e sociedade. E se a vida vai te dar limões, pelo menos saiba quais são os seus direitos ao fazer uma limonada!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.