Resumo de Palavra de Deos Empenhada, e Desempenhada, de António Vieira
Mergulhe na obra 'Palavra de Deos Empenhada' de António Vieira e descubra reflexões profundas sobre vida e morte em um sermão emocionante.
domingo, 17 de novembro de 2024
Preparem-se, caros leitores, para uma viagem ao século XVII, onde a retórica florentina da época se mistura com uma dose generosa de emoção e, claro, a presença indiscutível de Deus, digníssimo de sua reverência, ou como diria António Vieira, das "Palavras de Deos". Aqui, estamos diante da obra "Palavra de Deos Empenhada, e Desempenhada", que, como o título sugere, é um festim de orações, pregações e sermões, especialmente voltados para as exéquias (que bonito nome, não?) da Rainha Dona Maria Francisca Isabel de Saboya.
Antes de mais nada, vamos contextualizar: Vieira foi um jesuíta, orador e, convenhamos, um verdadeiro artista das palavras. Se ele estivesse vivo hoje, com certeza teria um canal no YouTube com milhões de seguidores, afinal, sua habilidade de inflar discursos é de deixar qualquer palestrante da TED com inveja.
Na obra, Vieira nos apresenta o grande sermão que proferiu durante as exéquias da rainha, e, ah, meus amigos, é de emocionar até uma pedra! Ele faz uma verdadeira ode à vida e à morte, como um entusiasta das celebrações e lamentos ao mesmo tempo. Aqui, ele não está apenas tentando agradar à realeza, mas também nos presenteia com reflexões profundas sobre a mortalidade. Em outras palavras, ele pega a morte da rainha e transforma em uma grande aula de filosofia, digna de um café filosófico!
Dentre as suas palavras, podemos destacar como Vieira se esforça ao unir a dor da perda com a esperança da vida eterna, numa narrativa que se move entre a gravidade e a leveza. Se ele fosse uma banda, poderia ser a mistura perfeita entre uma balada de despedida e uma música de celebração. Um verdadeiro dilema, não?
Um detalhe interessante é o uso de metáforas. Meu amigo Antônio não tinha medo de serem bem rebuscadas! Sabe aquela pessoa que fala complicado apenas porque gosta do som que sua voz faz? Pois bem, Vieira costumava ser essa pessoa! Ele nos apresenta imagens que fogem do habitual, com comparações que fariam até Shakespeare levantar uma sobrancelha. E tudo isso para deixar claro que a morte, apesar de ser uma tristeza, é também parte do ciclo da vida, ou algo do tipo - mas, ah, como ele se estende na prosa!
Spoiler alert! No final do sermão, Vieira não só despede a rainha como também nos convida a refletir sobre a vida e a virtude. Se você estava esperando um final surpreendente, sinto muito, mas aqui o que prevalece é a mensagem de que devemos viver com dignidade e se preparar para os momentos finais, a famosa "lição de moral" da época, mas ao estilo Vieira - com elegância e um charme inigualável.
Então, se você procura uma obra que combine tragédia e solenidade com uma pitada de grandiosidade verbal, "Palavra de Deos Empenhada, e Desempenhada" é a pedida. Prepare-se para algumas páginas de leitura que, mesmo que você não seja muito chegado a literatura barrocamente melosa, irá te fazer rir (ou pelo menos sorrir) com as extravagâncias de linguagem de Vieira. E, por que não? Uma boa dose de reflexão sobre a vida, a morte e, claro, a importância de se saber expressar bem, num mundo onde a sinceridade está sempre às voltas com a hipocrisia. Por isso, respire fundo, e embarque nessa jornada de palavras, fé e, acima de tudo, um sermão que ainda ecoa por séculos!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.