Resumo de Os vestígios do dia, de Kazuo Ishiguro
Mergulhe nas reflexões de Stevens em 'Os vestígios do dia', de Kazuo Ishiguro, e descubra o que significa viver entre obrigações e arrependimentos.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Prepare-se para um passeio nostálgico, com uma pitada de angústia e um toque de humor britânico em Os vestígios do dia, a obra-prima de Kazuo Ishiguro. Vamos lá!
A história é narrada por Stevens, um mordomo inglês que leva sua vida com uma seriedade que faz até uma estatueta parecer uma piada. Ele trabalha para o senhor Darlington, um aristocrata que tem mais descaminhos e polêmicas do que um reality show. Stevens vive imerso em seus deveres, sem dar muita atenção à própria vida. Ele acredita que ser um bom mordomo é mais importante do que ter sentimentos ou se divertir. Não é à toa que ele tem mais expressão facial que uma batata.
Certa manhã, após o falecimento de seu antigo patrão, Stevens percebe que a casa - ou melhor, o palácio - não é mais o mesmo: o lorde Darlington está mais para o lado dos fantasmas do que para o de manter festas elegantes. Com isso, Stevens decide embarcar em uma viagem para visitar Miss Kenton, sua antiga colega e, quem sabe, um amor não correspondido. Ou não houve amor? Essa é uma boa pergunta.
Durante sua jornada, nós somos presenteados com os flashbacks que nos contam como Stevens se dedicou ao "serviço perfeito". Spoiler alert: o "serviço perfeito" aqui poderia ter uma nova definição se ele tivesse se permitido um pouco de diversão ou, sei lá, flertar com alguém durante suas décadas de trabalho.
A viagem do mordomo é como um ônibus de turismo pela sua vida, lembrando de momentos que vão de embaraçosos a dolorosos. Ao mesmo tempo que ele lembra do passado, ele tenta justificar o que fez e, por outro lado, o que deixou de fazer. E, claro, ele ainda precisa lidar com uma verdade cruel: às vezes, ser leal a alguém pode significar ser desleal a si mesmo. Epa! Isso é coisa de romancista, não mordomo!
A narrativa se desenrola com um caráter melancólico, e as reflexões de Stevens sobre dignidade, serviço e arrependimentos são dignas de um filósofo que se vestiu de terno e gravata. Ele é o tipo de personagem que, se pudesse, teria um monumento em sua honra, mas provavelmente ficaria em frente a um espelho, admirando sua própria organização e autocontrole. No meio de tudo isso, Ishiguro nos faz refletir: vale a pena escolher a obrigação em vez do amor? (Dica: a resposta é um grande "não".)
Ao final da obra, Stevens finalmente percebe que as "coisas que não fiz" pesam tanto quanto as "coisas que fiz". E isso, meus amigos, é um verdadeiro vestígio do dia - ou melhor, dos dias que passaram e das oportunidades perdidas.
E para aqueles que estavam se perguntando: "O que é essa tal 'Depois do anoitecer'?" É como a sobremesa após uma refeição pesada. São mais algumas reflexões, mas a verdade é que você já estará tão imerso no dilema de Stevens que não vai querer sair dessa montanha-russa de emoções.
Então, se você tem estômago para um mordomo que prefere suas panelas ao calor do amor e quer mergulhar em reflexões profundas sobre o que significa viver, Os vestígios do dia é a pedida perfeita. Prepare o coração e um bom chá, porque essa viagem vai te deixar pensando até o próximo daí (ou daqui).
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.