Resumo de Complô Contra a América, de Philip Roth

Mergulhe na intrigante narrativa de 'Complô Contra a América' e descubra como a realidade pode ser mais estranha que a ficção no universo alternativo de Philip Roth.

Se você acha que viver em um mundo alternativo seria só alegria, talvez devesse conferir Complô Contra a América do nosso querido Philip Roth! Imagine um cenário em que Charles Lindbergh, o herói aviador, não só atravessa o Atlântico, mas também se torna presidente dos Estados Unidos. É isso que dá querer dar uma volta na história! Ah, e já aviso que spoilers estão a caminho, então não diga que não avisei!

A história é narrada pelo jovem Nathan Zuckerman, que nos leva para uma viagem por uma década de 1940 bem diferente do que aprendemos nas aulas de história. Se você pensava que a Segunda Guerra Mundial seria o pior das tragédias, espere até ver como um desvio da realidade pode ser ainda mais bizarro. Em vez de combater o nazismo, Lindbergh, com seu charme de galã, se junta aos simpatizantes da direita. Sim, estamos falando de um presidente que pode ter uma quedinha pelos vários -ismos do mundo, e seu amor é claramente dirigido à ideologia anti-semita.

A história gira em torno da família Zuckerman, uma típica família judia de Newark, Nova Jersey. O que se começa como uma vida tranquila logo se transforma em um verdadeiro filme de terror quando o clima antissemita começa a crescer feito pão em tempo de chuva. Os vizinhos começam a mudar, as amizades se desfazem e a paranoia se instala como um hóspede indesejável. O pesadelo americano é real, e a vida da família Zuckerman se transforma numa montanha-russa de medo e incertezas; é aquele tipo de situação que faz você querer se esconder debaixo da cama.

Os eventos são orquestrados como uma tragédia grega, onde você sabe que algo muito ruim vai acontecer, mas fica grudado na poltrona só para ver como a história se desenrola. A influência de Lindbergh cresce, e não demora muito para que as coisas fiquem realmente feias, incluindo um plano que envolve a "realocação" dos judeus, que, basicamente, equivale à deportação. Sim, estamos em um universo alternativo, mas a crueldade humana não perde a sua esencia, e isso é mostrado com uma sinceridade cortante.

Enquanto isso, Nathan tenta entender o que está acontecendo ao seu redor. Ele vai enfrentando a mudança radical de sua sociedade, e seus conflitos internos são abordados com o toque magistral de Roth. Espere muito mais do que só um thriller; esse livro é uma reflexão profunda sobre identidade, pertencimento e o que significa realmente ser americano (ou qualquer coisa que se pareça com isso no contexto).

No final, Complô Contra a América nos deixa um gostinho amargo-como aquele chocolate que não é realmente chocolate, mas é vendido na embalagem de chocolate. Por um lado, você pode acabar pensando: "Ufa, ainda bem que não vivemos assim!" Mas também pode se deparar com a realidade de que a política pode ser uma roda-gigante sem freio, e só nos resta rezar ou, quem sabe, ir para a praia.

Então, se você estava procurando um bom livro que faz você rir, chorar e, principalmente, questionar o estado do mundo (isso, claro, tudo de uma maneira nada leve, porque estamos falando de Philip Roth), Complô Contra a América é seu passaporte! E se não se sentir confortável com o que lê, lembre-se: a realidade é muito mais estranha do que a ficção.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.