Resumo de Videogame e violência: Cruzadas morais contra os jogos eletrônicos no Brasil e no mundo, de Khaled Jr. Salah H.
Entenda como Videogame e Violência, de Khaled Jr. Salah, desafia as críticas à indústria dos games e propõe um olhar mais profundo sobre a violência na sociedade.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, os videogames! Aqueles maravilhosos portais para mundos imaginários onde podemos ser heróis, vilões ou meros espectadores de uma batalha épica - e tudo isso enquanto estamos sentados em casa comendo batata frita. Mas, como sempre, existem os moralistas de plantão, prontos para acusar os jogos eletrônicos de serem os vilões da história. É aí que entra Videogame e violência: Cruzadas morais contra os jogos eletrônicos no Brasil e no mundo, do brilhante Khaled Jr. Salah H., que nos traz uma análise crítica sobre essas cruzadas que tentam transformar os jogos em bodes expiatórios.
No decorrer de suas 476 páginas, o autor nos leva a uma viagem pelo vasto e nebuloso mundo das narrativas que culpam os jogos eletrônicos por todos os males da sociedade. Desde os clássicos tiroteios até crimes mais sutis, a ideia é sempre a mesma: "se o jovem é violento, deve ser por causa do jogo que ele não larga". Através de uma pesquisa meticulosa e uma prosa cativante, Khaled Jr. desmonta essa teoria através de estudos, dados e uma boa dose de humor. Afinal, convenhamos, é mais fácil culpar um item de entretenimento do que olhar para questões sociais mais complexas e chatas.
O livro é dividido em seções que exploram a história dos videogames e suas interações com a sociedade. Você vai encontrar comparações com outras mídias (como a televisão e o cinema), que também foram alvo das mesmas críticas na sua época. Não dá para não rir da repetição dessa história: a cada nova tecnologia, sempre tem alguém dizendo que vai acabar com a juventude!
Khaled também traz à tona as consequências dessa luta contra os games. Ele faz uma crítica afiada ao efeito que essas cruzadas podem ter nas políticas públicas e na percepção que a sociedade tem sobre o consumo de videogames. E não para por aí: ele discute a vida dos desenvolvedores, que muitas vezes precisam se esconder na sombra do medo de que seu trabalho seja associado a atos de violência.
E se você está esperando por spoilers, aqui vai um: ao final, fica claro que a questão da violência é muito mais profunda do que um simples "culpe o jogo". O autor afirma que a solução não está em proibir ou atacar os videogames, mas sim em um diálogo mais honesto sobre o que é a violência e como ela se expressa na sociedade.
Portanto, não só os gamers, mas todos que já pensaram que o PlayStation ia transformar a juventude em uma sociedade apocalíptica, podem dar uma chance a este livro. Khaled Jr. nos convida a refletir e, quem sabe, a jogar um pouco mais - mas com consciência, claro. Afinal, o que não mata fortalece, não é mesmo?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.