Resumo de 20 poemas para ler no bonde, de Oliverio Girondo
Descubra a magia de '20 poemas para ler no bonde' de Oliverio Girondo. Uma viagem poética que transforma o cotidiano em arte e emoção.
domingo, 10 de novembro de 2024
Se você está a bordo de um bonde e a paisagem passa como se estivesse fugindo de algo, talvez esteja na hora de abrir seu exemplar de 20 poemas para ler no bonde, do genial Oliverio Girondo. Este livro é como um bilhete de passagem para um mundo onde a poesia se transforma na melhor companhia durante a jornada. Com uma boa dose de humor, ironia e um toque de loucura poética, a obra nos leva a reverenciar o cotidiano e os sentimentos mais comuns, transformando-os em pura arte.
Logo de início, podemos notar que Girondo não é apenas um poeta, mas um artista do descuido e da espontaneidade. Seus versos são uma mistura de impressões, reflexões e, claro, um tanto de devaneios que, à primeira vista, podem parecer pouco convencionais. A proposta é clara: sair da caixinha e perseguir a poesia em meio ao movimento e ao barulho dos bondes, como se cada estrofe fosse um passageiro contribuindo para a singela confusão que é viver.
Os poemas são recheados de imagens que se desenrolam diante dos olhos. Girondo é mestre em retratar a vida urbana de forma sensível e ousada. Um grande tema que perpassa a obra é a busca pela autenticidade, um desejo de ver além do comum, mesmo que isso envolva um certo risco. O poeta não se preocupa em manter os pés no chão e, em vez disso, se lança a um espetáculo de cores e sons que fazem dançar a mente, como um balé em movimento.
Em um dos poemas, por exemplo, ele fala sobre o amor com a leveza de quem está cantando o seu romântico coração em plena viagem de bonde. Aqui entra um spoiler: o amor pode ser inusitado. Girondo nos convida a enxergar o amor não apenas como um sentimento grandioso, mas como uma troca simples de olhares entre desconhecidos, um aceno do destino que, por acaso, se encontra em meio à multidão.
Os temas que ele aborda vão do cotidiano à essência da vida, passando por questões mais profundas, mas sempre com aquele toque de ironia que faz você rir e refletir ao mesmo tempo. O poeta fala sobre a solidão, as relações humanas e a própria existência, como se escrevesse em um caderno de rascunhos durante os trajetos de bonde. E a beleza disso tudo é que, embora tenha esse estilo despreocupado, as mensagens são profundas e ecoam dentro de nós como um eterno questionamento.
Além disso, vale muito a pena destacar a musicalidade dos versos. Girondo utiliza aliterações e rimas que despertam o ritmo de cada estrofe, permitindo que a leitura seja uma verdadeira dança. E, se estiver lendo no bonde, é quase impossível não se deixar levar pela cadência das palavras.
Ao final, 20 poemas para ler no bonde não é apenas uma coletânea de versos, mas um convite para abraçar a aleatoriedade da vida, onde cada poema é um ponto de parada nessa viagem louca que todos nós fazemos. Então, se você estiver a caminho de algum lugar e ainda não leu Girondo, é hora de abrir a mente e os olhos. Prepare-se para uma experiência poética que pode fazer você perder a noção do tempo e do espaço, e quem sabe, até perder a próxima parada do bonde!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.