Resumo de Memorial do Convento, de José Saramago
Mergulhe na intrigante trama de Memorial do Convento, onde Saramago mistura amor, poder e crítica social de uma forma única e envolvente.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achava que a história de um convento e a construção de um templo religioso não poderiam ser chocantes, divertidas e aos poucos se transformarem em um verdadeiro épico da luta entre o sagrado e o profano, então você precisa conhecer Memorial do Convento, o célebre livro de José Saramago. Vamos fazer um rápido tour por este simpático edifício literário onde até o dom de voar é discutido!
A trama se desenrola no século XVIII, em Portugal, e tem como pano de fundo a construção do magnífico Convento de Mafra. Começamos com um rei, de quem você já deve ter ouvido falar, mas não é o Rei Leão, e sim Rei de Portugal, que fez questão de dar uma ordem bem "razoável" para os pobres súditos: construir um convento, porque, como você já deve imaginar, ele queria "muita oração e pouca ação" (austríaco ou português, a história financeira é sempre a mesma!).
Eis que as primeiras páginas do livro nos apresentam a Vida de Baltasar, que, ao lado de sua amada Blimunda, se torna um verdadeiro ícone da resistência. Sim, porque Blimunda não é apenas uma mulher, ela possui um dom fascinante: pode ver a alma das pessoas (um verdadeiro "sério, você não está sozinho" em versão medieval). Isso significa que ela não vai hesitar em começar a ver a alma do povo, junto com o mago de plantão, Peregrinação de Memórias. Se você achava que a vida do século XVIII era sem graça, vai se divertindo, porque nossos heróis têm planos tão audaciosos quanto a construção desse convento que não acaba mais.
O enredo mistura personagens reais e fictícios e dá espaço para diálogos, crítica social e uma pitada de surrealismo, que é a especialidade de Saramago. E a questão do poder também é um assunto que não sai de cena. Quer saber como isso se desenrola? Prepare-se para algumas situações absurdas, diálogos que deslizam como um bom vinho, e uma crítica social que você não verá vindo.
Falando sobre o famoso pombo, Blimunda e Baltasar se metem em aventuras que têm a ver com como o povo vive nas sombras do convento e sempre desejando voar, literal e figurativamente. E quem pode esquecer dos voluntários de um grande projeto, que, ao invés de construir algo muito sagrado, acabam se unindo para um projeto nada convencional de levantar um homem do chão? Spoiler: não é só o sapato que vai levantá-lo!
É nesse tecer de vidas que se reluz o peso das relações sociais, amorosas e até espirituais de um período que parece tão distante, mas tem tudo a ver com nossa realidade. Saramago incorpora em uma prosa cheia de vírgulas, uma verdadeira agressão no bom sentido, mostrando que não precisa de pontos finais para se despedir. A história de amor entre Baltasar e Blimunda é apenas o carro-chefe em meio à desconstrução das estruturas sociais, desafiando convenções.
Se você está pronto para embarcar em um voo com muito mais do que apenas construção de edifícios sagrados, Memorial do Convento é certeza de um passeio repleto de humor, crítica e reflexões sobre a condição humana - tudo isso de uma forma que só Saramago poderia fazer. Então, ajuste sua coroa de louros e prepare-se para rir, refletir e, quem sabe, tentar voar em sua própria jornada literária!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.