Resumo de O mal limpo: Poluir para se apropriar?, de Michel Serres
Reflexões provocadoras de Michel Serres em O mal limpo: Poluir para se apropriar? que questionam nossa relação com a natureza. Entenda o impacto de suas ações!
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você já se pegou pensando que o mundo parece um grande lixão e que a natureza é só um detalhe na nossa vida moderna, então O mal limpo: Poluir para se apropriar?, do filósofo francês Michel Serres, é a leitura que você não sabia que precisava (e que pode até te fazer repensar suas ações, ou pelo menos a quantidade de plástico que você usa).
Neste livrinho - que é mais um ensaio do que um romance, mas vamos lá - Serres mergulha de cabeça na relação entre a poluição e o ato de apropriação. Sabe aquele seu vizinho que cola um adesivo "proibido estacionar" na frente de casa? Aqui, é mais ou menos esse o espírito: queremos dominar tudo, e a natureza que se dane!
Primeiro ato: A poluição como apropriação. Para Serres, a poluição não é apenas um subproduto do progresso. Oh, não! Ele sugere que a poluição é, na verdade, uma forma de apropriação dos recursos naturais. Como assim? Ao sujar e devastar, a humanidade se apodera da natureza, transformando majestosos ecossistemas em sua própria "propriedade" (lembre-se daquele plástico que você esqueceu na praia). Essa lógica torta faz com que a relação entre humanos e natureza seja marcada pelo parasitismo.
Segundo ato: O conceito de "mal limpo". Aqui o autor entra numa onda filosófica onde conflita a ideia de que algo pode ser "limpo" ao mesmo tempo em que é "mal". Ele nos leva a questionar se limpar a sujeira feita por nós mesmos realmente resolve o problema ou se apenas o esconde. E se você já tentou arrumar seu quarto jogando tudo embaixo da cama, sabe do que ele está falando.
Terceiro ato: O apelo à conscientização. E nem tudo é trevas! Serres também faz um apelo para que repensemos nossas ações. Ele nos convida a observar e a perceber que, em vez de apenas tentar "limpar" as nossas impurezas, deveríamos olhar para a maneira como nos relacionamos com o mundo. O autor sugere que, em vez de simplesmente jogar tudo fora (desculpa, meia idêntica), é hora de criar novos vínculos com a natureza.
Por fim, de uma forma ácida e bastante provocadora, Michel Serres deixa no ar a pergunta: será que realmente estamos a fazer o suficiente para limpar NÃO apenas a sujeira que fazemos, mas também as consequências que esse "mal limpo" traz para nossa vida e para o planeta?
Em resumo, se você estava esperando por um manual sobre como manter a sua casa limpidinha, sinto muito, mas O mal limpo: Poluir para se apropriar? provavelmente não será a melhor opção. Mas, se você está disposto a uma boa reflexão sobre o impacto da nossa vida moderna no planeta, bem-vindo ao clube! Prepare-se para observar não apenas a sujeira, mas o que ela diz sobre nós. Spoiler: é bem mais feio do que um quarto bagunçado!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.