Resumo de Sermam Gratulatorio pela Felicissima, e Desejada Saude, Que por Beneficio da Senhora das Necessidades Alcançou El Rey D. Joaõ V. Nosso Senhor, de José de Andrade e Moraes
Entre aplausos e ironia, explore o sermão de José de Andrade e Moraes e suas reverências à saúde do Rei D. João V. Uma leitura leve sobre realeza e fé.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, o título é grandioso, não é mesmo? Mas não se deixe enganar por essa verborragia. Sermam Gratulatorio pela Felicissima, e Desejada Saude é uma obra do século XVIII que, em essência, é um verdadeiro convite ao culto da realeza, à adoração das bênçãos e... a uma certa dose de exagero de bom tom.
José de Andrade e Moraes, seu autor, assume o papel de um verdadeiro orador que, em um estilo pomposo e quase barulhento, faz uma ode à saúde do então Rei D. João V. O texto, com suas 54 páginas cheias de fervor, mais parece um panfleto de campanha política do que um sermão propriamente dito. Porque vamos combinar, saudar um rei não é tarefa pra iniciante, e Moraes faz isso com um fervor quase pastoral.
O enredo gira em torno das bênçãos da Senhora das Necessidades, uma figura sagrada que, a julgar pela prosa do autor, é tão poderosa que poderia resolver até o dilema das meias desaparecidas do rei. O resultado é um hino à saúde do monarca, que, coitado, já devia estar cansado de tanto elogio (ou seria apenas feliz?).
Se você está esperando um profundo debate filosófico sobre a realeza e a saúde, é melhor recalibrar suas expectativas. O que encontramos aqui é mais uma série de afirmações gloriosas e um tom que poderia ser descrito como uma mistura de sacerdócio e corte. O sermão se transforma em uma sucessão de apelos, ora em forma de súplicas, ora de declarações festivas que celebram a saúde como um presente divino.
Imaginem um encontro entre as tradições oratórias e a adulação exagerada - as palavras de Moraes dançam como festivas fitas de um carnaval, repletas de metáforas floridas que, honestamente, poderiam fazer qualquer um querer sair gritando "viva o rei!" a cada parágrafo. E não se esqueça, para os mais sensíveis, que é claro, isso é tudo bem intencionado e respeitoso.
No entanto, sejamos sinceros: em tempos de hoje, esse tipo de discurso pode causar algumas risadinhas. Se você estava pensando em pregar um sermão dessa natureza na sua próxima reunião de família, considere que poderá ser mais divertido do que profundo! Ao final, fica a sensação de que, apesar de toda a pompa, o autor só queria mesmo era agradar e garantir que o rei não fosse esquecido como o tio distante que não aparece nas festas de família.
Portanto, se a sua intenção é entender a relação entre fé, realeza e a adoração que se faz em nome da saúde régia, aqui está uma oportunidade - só não espere por grandes revelações, pois a fórmula é simples: saúde ao rei e aplausos à Senhora das Necessidades!
E assim, com o espírito típico da época e um pouquinho de ironia moderna, você se despede desse clássico do século XVIII, ciente de que o amor à saúde real é algo que, com certeza, transcende gerações - mesmo que tenha que ser temperado com um pouco de humor!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.