Resumo de A Última Madrugada, de João Paulo Cuenca
Explore a jornada insone e irônica de 'A Última Madrugada' de João Paulo Cuenca. Um mergulho nas crises existenciais da juventude moderna.
domingo, 17 de novembro de 2024
Em A Última Madrugada, o autor João Paulo Cuenca nos leva a uma viagem insone pelas ruas de uma cidade que, convenhamos, parece ser mais caótica do que uma reunião de família na Páscoa. A trama nos apresenta a vida de um grupo de amigos que, entre engasgos de existencialismo e uma boa dose de ironia, tenta encontrar sentido no turbilhão da vida moderna. Spoiler: dependendo de quem você pergunte, a conclusão pode ser que não existe sentido, mas vamos lá!
A história se desenrola pelas andanças de um protagonista que não tem nome (porque nomes são superestimados), numa cidade que poderia facilmente ser qualquer capital latino-americana, mas que parece revelar a cara de cada um dos seus habitantes. Garanto que você vai se sentir confortável com a ideia de que a solidão é uma boa companhia ao longo da leitura, e talvez até te faça querer pular para a próxima linha.
Logo no início, nosso protagonista se vê em um dilema existencial. Ele é um jovem escritor, ou ao menos, gosta de se auto-intitular assim, mas não consegue escrever uma única linha que sirva como desabafo. Numa fusão entre a desilusão e a indecisão, ele e seus amigos discorrem sobre a vida, o amor e a falta de rumo que todos têm. Se você acha que os jovens de hoje em dia são confusos, espere até ver essas conversas!
Os personagens são recheados de complexidades que fariam Freud dar pulos de alegria. Temos a amiga que faz yoga mas está sempre estressada, o carinha que acha que pode ser o novo Nietzsche, mas na verdade só tem uma coleção de camisetas pretas, e claro, a figura enigmática que sempre aparece nas baladas mas nunca se apresenta. Cada um deles é um reflexo de uma geração que busca se encontrar em meio a uma crise de identidade.
E já que estamos aqui, vale dizer que a narrativa flui em cenas que se intercalam entre as madrugadas e reflexões filosóficas, tudo sob um ritmo que poderia ser facilmente a trilha sonora de um filme cult europeu (aquele que você assiste para impressionar os amigos). Em meio a tudo isso, surge a famosa "última madrugada" do título, que simboliza tanto uma mudança de ciclo quanto a possibilidade de um recomeço, ou pelo menos de uma boa ressaca no dia seguinte.
E como não poderia faltar, há uma trama de amor que, assim como uma pizza fria na geladeira, não é sempre bem recebida, mas que tem seu espaço garantido na história. A relação entre os personagens nos faz pensar que, na busca por resposta, a única certeza é que estamos todos dando voltas e mais voltas como um hamster na roda. Claro que os desencontros amorosos são o tempero perfeito para essas histórias. Spoiler de relacionamento: nem sempre rola!
Então, se você está preparado para fazer uma viagem pela cabeça de um jovem atormentado e seus amigos, A Última Madrugada é a sua escolha. Lembre-se: nem todo mundo precisa de um final feliz. Às vezes, um passeio pela cidade e uma conversa filosófica podem ser mais do que suficientes. E quem sabe, até dar algumas boas risadas no processo - afinal, o que seria da vida sem um pouco de humor?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.