Resumo de Diários 1970-1986, de Andrey A. Tarkovsky

Mergulhe nas reflexões profundas de Tarkovsky em 'Diários 1970-1986', a obra que revela a angústia e a beleza da criação artística.

Ah, Diários 1970-1986, uma obra de um dos diretores mais filosóficos e poéticos da sétima arte, o russo Andrey A. Tarkovsky. Se você pensou que esse livro seria uma compilação de crônicas do dia a dia ou um diário de receitas, prepare-se para desapontar suas expectativas. Aqui, Tarkovsky se joga em suas reflexões mais profundas, emoções e dilemas criativos. Já aviso: pode conter spoilers... do que é ser um artista angustiado.

Este não é um diário comum; é uma espécie de fluxo de consciência onde o cineasta registra seus pensamentos sobre o processo criativo, a arte, a vida e, claro, a sua visão filosófica do mundo. Imagine um tipo que prefere dissertar sobre a relação entre a luz e a sombra do que sobre o que comeu no almoço. Para Tarkovsky, cada frase é uma meditação densa, uma mistura de estética e espiritualidade.

Nos anos 70 e 80, o mundo estava passando por várias revoluções, mas Tarkovsky tinha suas próprias batalhas. Ele fala sobre os desafios de fazer filmes em um ambiente artístico opressivo (oi, União Soviética!) e de como a censura poderia fazer o criador se sentir mais como um ninja do que um artista. A criatividade, para ele, era algo quase místico, um dom que precisava ser protegido a todo custo.

Tarkovsky também não hesita em abordar suas próprias inseguranças. Ele narra dilemas sobre o que significa ser um verdadeiro artista: "Devo seguir o que me movia, mesmo que isso signifique nadar contra a corrente?" Claro que ele não encontrava todas as respostas - afinal, quem encontra? - mas a jornada em busca delas é envolvente.

Ele também discorre sobre o amor, como ele mesmo diz: "Ah, o amor, essa entidade que faz você dançar nas nuvens ou se arrastar pelo chão". Tarkovsky compartilha suas experiências, os altos e baixos emocionais, e como esses sentimentos influenciam seu trabalho artístico. Você pode até sentir que está fazendo terapia com ele, enquanto lê suas reflexões sobre solidão, memória e desejo.

E se você pensou que, pelo título, teria que lidar com um diário cheio de trivialidades, pode desconsiderar isso! Cada entrada é um convite a refletir, e talvez a se perguntar: "O que estou fazendo da minha vida?" Afinal, Tarkovsky acredita que a arte deve nos fazer questionar o mundo e a nós mesmos.

Porém, fica aquele aviso no ar: se você é do tipo que prefere leituras leves ou "autoajuda para artistas", pode ser uma boa ideia deixar esse livro para outra hora, porque esse é um daqueles textos que te puxam para dentro do abismo existencial e, com muita poesia, te fazem olhar para cima.

Então, se você está pronto para mergulhar na mente de um dos maiores cineastas de todos os tempos e explorar a complexidade da criação artística, Diários 1970-1986 é seu bilhete de entrada para essa montanha-russa emocional e filosófica. Prepare-se para risadas, lágrimas e muitas reflexões ao longo do caminho!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.