Resumo de A mulher de vermelho e branco, de Contardo Calligaris
Mergulhe na intrigante trama de A mulher de vermelho e branco, onde amor e ironia dançam em meio a crises existenciais e reflexões profundas.
domingo, 17 de novembro de 2024
Em A mulher de vermelho e branco, o autor Contardo Calligaris nos leva a uma viagem pelas intrincadas, e por vezes cômicas, nuances do comportamento humano, utilizando a figura de uma mulher enigmática que se torna um verdadeiro ímã para dramas pessoais alheios. A história flerta com o psiquismo, o amor (ou a falta dele) e, claro, com aquele maravilhoso toque de ironia que só um bom escritor sabe dar.
Aqui encontramos um narrador que poderia ser facilmente identificado como o amigo que todos temos que adora se meter na vida alheia e que não hesita em analisar cada detalhe do que vê. O protagonista se vê quase obcecado por uma mulher que, bem, parece ter saído de um romance de época, se não fosse o fato de ela ser uma mistura de Madonna com uma pitada de Cruella de Vil, mas sem os cães e com muito mais confusão emocional.
A trama se desenrola em torno de encontros e desencontros que mais parecem um tango de salão de tão bem coreografados. Nela, a mulher de vermelho e branco - que, ironicamente, não se chama nem vermelho, nem branco - serve como catalisadora para crises existenciais, amores não correspondidos e uma série de diálogos que farão você ponderar até sobre a sua própria existência (sim, meu caro leitor, você pode passar horas pensando "por que meu amor também não usa um vestido de dança?").
São apresentados personagens que representam uma espécie de microcosmo social: amigos, amores, traumas e aquelas figuras que parecem ter saído de um vaporizador de absurdos. Todos se relacionam com a mulher de vermelho e branco de formas inesperadas, revelando que cada um de nós tem a nossa própria forma de se relacionar com o amor e a dor. É uma verdadeira tragédia grega contemporânea onde, acredite se quiser, o riso e a reflexão andam de mãos dadas.
E como se não bastasse, Calligaris interage com a ideia de que a vida é feita de escolhas, e as consequências delas podem ser tão divertidas quanto trágicas. O texto flui leve, mas, como todo bom romance que se preze, não deixa de lado as nuances mais sombrias da condição humana. O autor nos faz rir, mas ao mesmo tempo nos provoca a pensar: será que estamos todos apenas buscando uma mulher de vermelho e branco em nossas vidas?
O final? Ah, meus amigos, é melhor você descobrir por si mesmo! Eu poderia dar um spoiler, mas, sinceramente, o que seria da vida sem um pouquinho de mistério e expectativa?
Em resumo, A mulher de vermelho e branco é um convite a dançar conforme a música - mesmo que a música vá de um samba bem enrolado a uma valsa melancólica. Prepare-se para conhecer uma obra que mistura reflexões profundas com a leveza do cotidiano, tudo regado a um humor que só aquele amigo que adora se meter na vida dos outros conseguiria oferecer.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.