Resumo de Louça Paulista. As Primeiras Fábricas de Faiança e Porcelana de São Paulo, de Jose Hermes Martins Pereira
Mergulhe na fascinante história das fábricas de faiança e porcelana de São Paulo em 'Louça Paulista'. Uma leitura que transforma sua visão sobre a louça!
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, Louça Paulista, um livro que, ao contrário do que o título pode sugerir, não é um manual de como arruinar sua louça na lava-louças. Na verdade, o autor, Jose Hermes Martins Pereira, se dedicou a dar voz aos primeiros passos das fábricas de faiança e porcelana em São Paulo. E, vamos combinar, quem não ama uma boa história sobre potes e pratos? Para aqueles que estão achando que estou exagerando, tenho uma boa notícia: não estou!
O livro nos transporta para o século XIX, quando a arte de fazer louça não era apenas uma questão de utilidade, mas uma verdadeira paixão. Imagine um São Paulo de 1800, um lugar onde as pessoas não só queriam comer, mas também queriam se exibir com seus belíssimos pratos decorados. A faiança e a porcelana eram o must-have da época, mais desejadas que o último modelo de smartphones (ou seriam smartphones de louça, para manter a coerência?).
Jose Hermes, com um estilo que mistura erudição e a descontração de um bate-papo entre amigos, nos apresenta as primeiras fábricas que começaram a brotar na terra da garoa. O autor faz uma pesquisa minuciosa, mergulhando em documentos históricos e registros, trazendo à tona uma época que, assim como a louça quebrada, já não existe mais. Ele analisa a produção dessas obras-primas e como elas impactaram a sociedade paulista: era uma loucura ver aqueles pratos brilhantes e delicados hipnotizando a elite local.
E, se você estava se perguntando como era a concorrência entre as fábricas, a resposta é simples: acirrada! Enquanto uma se destacava pela qualidade, a outra se aventurava em inovações, tentando roubar o show e os clientes. Era uma verdadeira disputa de louça. É claro que isso não aconteceu sem uma pitada de fofoca e rivalidade. Afinal, estamos falando de artistas e empreendedores, tipo as Kardashians da cerâmica!
Um ponto muito interessante do livro é a análise das técnicas utilizadas na fabricação dessas peças. Pereira explica como esses picaretas da prataria imponham o seu próprio estilo e maneira de produção, e como isso influenciou o mercado em geral. Ele faz isso com tanto detalhe que você pode esquecer que está lendo sobre louças! E não se preocupe, o livro é tão saboroso que você não vai precisar de uma sobremesa depois.
A obra também nos mostra a relação entre a louça e a identidade cultural do povo paulista. A arte de fazer porcelana tornou-se um dos pilares do que hoje conhecemos como "cultura do consumo" na região, bem como um símbolo de status. Olhando para essas louças, não podemos deixar de refletir sobre a importância das tradições e como a história é moldada pelas pequenas coisas, ou melhor, pelas pequenas louças.
E, claro, há muito mais no livro! A evolução das fábricas, as dificuldades enfrentadas pelos ceramistas e as transformações que ocorreram ao longo do tempo. E se você esperava um final surpreendente, isso realmente não acontece aqui, mas não se pode negar que conhecer a trajetória dessas fábricas e sua influência na cultura paulista é uma experiência maravilhosa que, de certa forma, nos conecta ao passado.
Resumindo, Louça Paulista é aquele tipo de livro que faz você amar cada prato em sua casa e refletir sobre a história por trás deles. Um brinde (em um copo de louça paulista, claro) à arte, à tradição e, por que não, à vaidade dos acervos de pratos! Que venham mais livros assim, que nos ensinem a valorizar o que está à nossa mesa!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.