Resumo de Encontros d'água: Sete contos d'água, de Ninfa Parreiras
Em 'Encontros d'água', descubra como a água se torna uma poderosa metáfora para os encontros e desencontros da vida em sete contos reflexivos.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achou que "Encontros d'água: Sete contos d'água" era só mais um livro sobre como se refrescar num calor escaldante, sinto muito te decepcionar. Na verdade, Ninfa Parreiras nos presenteia com uma coletânea de contos que traz a água como protagonista, mas não no sentido literal de um banho refrescante. Aqui, as histórias são verdadeiras maratonas de reflexão, onde os personagens se encontram, se desencontram e, em boa parte, fazem a gente se perguntar: "mas o que é que eu tô fazendo da minha vida mesmo?".
Cada um dos sete contos é um mini-universo, onde a água é quase um personagem por si só, moldando a vida dos protagonistas. Tem água corrente, água estagnada, aguinha da chuva e até a água que nos faz chorar (spoiler: não é a água do banho!). Isso mesmo, a autora usa a água como uma metáfora poderosa para ilustrar os encontros da vida - e os desencontros - que, como sabemos, podem ser mais frequentes do que gostaríamos.
Numa das histórias, por exemplo, temos um personagem que se vê em meio a um torrencial, não de água, mas de emoções. É como estar naqueles dias em que você sai de casa, e ao invés do céu azul, dá de cara com um baita temporal - e se pergunta: "Era pra eu ter ficado debaixo das cobertas!". Já em outra narrativa, um nostalgia à flor da pele faz a água de um lago se transformar no símbolo do que poderia ter sido um amor, mas, você adivinhou, não foi. Afinal, é sempre mais gostoso lembrar da cebola em vez de comer a sopa, não é mesmo?
É claro que não dá pra falar sobre água sem mencionar suas várias formas e estados. De líquida a sólida, Parreiras faz de cada conto uma surpresa, e você nunca sabe o que vai encontrar a cada nova virada de página - uma água-viva de sentimentos, talvez? E, cá pra nós, quem nunca se sentiu como uma gota d'água perdida no meio de um mar de incertezas?
Embora não haja uma linha reta de narrativa nos contos, a conexão entre eles é como aquele elo que a gente forma na infância, quando mergulhava na nostalgia - ou melhor, na água - e se esquecia do mundo. É um convite a refletir sobre como a vida é cheia de correntes e marés, e como a água, por mais que a gente tente controlar, sempre encontra um jeito de nos levar para onde menos esperamos.
Então, se você estava esperando um manual de como lidar com as tempestades da vida, talvez tenha se enganado (ou acertado, vai saber). Em "Encontros d'água", cada conto é um lembrete de que estamos todos navegando em nossas próprias músicas e mares. E, a propósito, se você não se emocionar em algum momento, talvez seja hora de olhar seu próprio "encontro d'água".
No fim das contas, essa obra é pura poesia em prosa, um mergulho na alma humana, que nos faz lembrar que, assim como a água, as experiências da vida podem ser profundas e fluídas, mas também rasas e efêmeras. Então, prepare-se para navegar nessas águas e quem sabe sair ressecado - ou renovado, depende do seu ponto de vista!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.