Resumo de Cavalos mortos permanecem no acostamento, de Pedro Franz
Mergulhe na intrigante obra de Pedro Franz, onde reflexões sobre vida e morte se entrelaçam com humor e ironia. Uma leitura que desafia a efemeridade.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, Cavalos mortos permanecem no acostamento! Um título que já promete algo inusitado, e não é que o autor cumpre a expectativa com uma narrativa que é, no mínimo, intrigante? Pedro Franz nos apresenta um breve passeio por temas que vão da morte ao trânsito, tudo isso em uma prosa que dá aquele zoom na vida e na morte - e porque não, na imortalidade das situações que nos cercam?
Primeiro, vamos falar sobre o _cenário_ desse "road movie" literário. O que se espera ao ouvir "cavalos mortos"? Um cemitério de equinos? Não exatamente. Em vez de galope, aqui temos um passeio pelas reflexões que atravessam a vida urbana. Os _cavalos mortos_ podem muito bem ser uma metáfora para aqueles sonhos esquecidos que ficam parados no acostamento, esperando uma carona - ou um sinal de que alguém ainda se importa com eles. Equino? Quase isso!
O texto é construído em pequenas histórias interconectadas que nos levam a lugares inusitados e, muitas vezes, a um enredo que se desdobra como um origami de ideias. Você está à beira da estrada, contemplando seu próprio reflexo em um retrovisor embaçado, quando se depara com as memórias que deixaram marcas, como manchas de óleo na pista. E é aí que o autor dá um tapa na cara da realidade: a vida não é feita apenas de trajetórias retas; muitas vezes, é um labirinto cheio de buracos e desvios.
Falando em desvios, sempre é uma boa hora para discutir a questão do tempo, que aqui é tratado de forma muito inteligente. O que era para ser uma conversa sobre o cotidiano rapidamente se transforma em uma reflexão sobre a efemeridade e o que fazemos com as nossas experiências. Cabem perguntas como: "O que nos resta quando todos os nossos 'cavalos' já não estão mais prontos para galopar?" E, meu amigo, essa é uma pergunta que chama a gente para dançar em cima de um tambor que só faz ecoar as vozes do passado.
Mas antes que você pense que é só tragédia e tristeza, lembre-se: o humor está presente na forma como Franz aborda as situações. Ele pega as tragédias da vida e as transforma em risadas - ou pelo menos em sorrisos. Não vai ficar tudo tão pesado assim, não é mesmo? O absurdo também tem seu espaço no texto, e a ironia é uma companheira constante das passagens, ora te fazendo rir, ora te fazendo pensar: "Meu Deus, isso é serio ou só uma piada de mau gosto?".
Por fim, não se esqueça de que a brevidade é uma das chaves aqui. Como uma crônica que você lê enquanto espera o ônibus, essas páginas nos presenteiam com a leveza de uma conversa entre amigos e a profundidade de um abismo existencial. É um livro que pode ser lido em uma única sentada, e talvez essa seja a intenção - encorajar uma reflexão rápida, mas impactante.
E se tem algo que essa obra nos ensina, é que mesmo os cavalos mortos podem nos ensinar algo sobre a vida, o que é uma maneira bem poética de dizer que cada parada é apenas uma nova oportunidade de olhar ao redor e ver o que mais está ali, esperando para ser descoberto.
E lembre-se: não se apresse! A vida é mais que simplesmente passar por ela, é apreciar (ou até rir) das paradas inesperadas que nos fazem refletir.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.