Resumo de O Santo, de César Aira

Mergulhe na trama intrigante de 'O Santo' de César Aira, onde misticismo e reflexões sobre santidade se entrelaçam em uma narrativa sarcástica e reflexiva.

Prepare-se para uma viagem literária digna de um carteiro em dia de entrega de contas, porque em O Santo, César Aira nos presenteia com uma trama que promete de tudo: uma cidade pequena, um personagem enigmático e uma aura de misticismo que poderia deixar qualquer um tentando adivinhar se estamos vendo um filme de terror ou um documentário sobre como não se deve fazer amigos.

A história gira em torno de um santo - sim, um santo, não um qualquer, mas um que tem o dom de aparecer e desaparecer como você na fila do supermercado quando vê que esqueceu a carteira. O enredo se desenrola em uma cidade que mais parece ter saído de um livro de autoajuda sobre como não se deve viver, cheia de peculiaridades e personagens tão excêntricos que deveriam ter um aviso de "use com moderação" no início da narrativa.

Nos primeiros capítulos, encontramos o protagonista que, claro, tem lá seus demônios pessoais (digo, quem não tem?). Ele acaba se envolvendo com os feitos desse santo e logo se vê num rolê que mistura devoção, dúvida existencial e aquele tipo de amizade que sempre traz desconforto, como um terceiro dedo. É uma reflexão sobre o que faz alguém ser considerado santo - será que é a roupa branca, a simplicidade ou apenas o fato de nunca ter se perdido no próprio bairro?

Spoiler alert: as coisas ficam ainda mais interessantes quando o santo começa a se tornar uma lenda urbana na cidade, como aquelas histórias de fantasmas que você ouve depois de uma noite de taco e guacamole. O personagem central, que já estava atolado em suas crises, deve lidar não só com sua busca por um sentido de vida, mas também com a expectativa dos moradores, que cada vez mais acreditam que ele pode estar fazendo milagres. Aira faz um trabalho primoroso ao explorar essa linha tênue entre a crença e a realidade, quase como equilibrar um copo d'água na cabeça enquanto caminha em um corda bamba.

A narrativa avança entre diálogos descontraídos e situações que mais parecem ser tiradas de roteiros alternativos de comédias românticas - onde os protagonistas nunca se encontram na primeira vez. Os encontros e desencontros, as percepções sobre a santidade e o que realmente significa ser santo se tornam um deleite sarcástico e reflexivo. Aira, com seu estilo inconfundível, mistura leveza e profundidade, fazendo com que você considere se não deveria considerar as suas próprias crenças um pouco mais a fundo - ou não.

E para quem gosta de um desfecho que não dá tchau antes de ir embora, Aira também proporciona um final que pode deixar você pensando: "Ué, o que rolou aqui mesmo?". Em suma, O Santo é um prato cheio para quem aprecia uma boa discussão sobre espiritualidade no meio de um banquete recheado de ironias.

Então, se você está a fim de uma leitura que tira sarro do nosso dia a dia com toda a sua complexidade e simplicidade, não procure mais. O Santo é a pedida perfeita para quem quer rir, refletir e, quem sabe, se questionar se deveria ou não fazer uma lista de supostas "santidades" na própria vida. Então, pegue seu santo de estimação e aponte para a leitura!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.