Resumo de Psicanálise em face ao desamparo e seus destinos, de Érico Bruno Viana Campos, Josiane Cristina Bocchi e Ana Maria Loffredo
Mergulhe em uma análise divertida e profunda sobre a condição humana e o desamparo. Reflexões e insights de 'Psicanálise em face ao desamparo'.
domingo, 17 de novembro de 2024
Neste livro com um título que já nos faz sentir um leve desamparo só de ler ("Psicanálise em face ao desamparo e seus destinos"), os autores mergulham em uma análise profunda sobre a condição humana, mostrando que todo mundo, em algum momento da vida, já se sentiu como um gato que não sabe se entra ou sai de casa. Uma verdadeira montanha-russa de emoções e conceitos psicanalíticos, que poderia muito bem ser a trilha sonora de uma terapia coletiva.
Os autores começam falando sobre desamparo. E aí você pensa: "Uau, que original!" Mas, não se engane, aqui o desamparo não é só uma frase de efeito de quem não sabe o que fazer da vida. O desamparo é discutido em suas inúmeras nuances, sempre com uma pitada de Freud, que provavelmente teria se divertido bastante com tudo isso se estivesse vivo e não tão ocupado com seus próprios fantasmas. Eles apontam que o desamparo pode ser uma condição fundamental da existência humana, quase como a conta no cartão de crédito que nos faz sentir que nunca estamos realmente livres.
Seguindo pela narrativa, a obra também se debruça sobre as consequências dessa condição na vida das pessoas, tratando de temas que vão desde a formação da subjetividade até as interações sociais. Em um momento que parece quase uma conversa de bar entre amigos psicólogos, eles dissecam como o desamparo pode levar à busca pelo apoio do outro, ou como pode fazer a pessoa se esconder debaixo da cama com um pacote de biscoitos, em um autêntico caso de "comer para não chorar".
Outro ponto digno de nota é a análise dos destinos do desamparo. Aqui, os autores se mostram mais ágeis que um psicanalista em uma sessão de terapia de grupo. Eles discutem as possibilidades de o desamparo gerar tanto um crescimento pessoal quanto um surto de fúria interior. Afinal, quem nunca teve um dia em que tudo parecia dar errado e a única solução era gritar "Todo mundo é insuportável!" no meio da sala de aula ou do trabalho?
A obra traz também discussões sobre como a psicanálise, além de entender essas questões, pode ajudar o indivíduo a lidar com sua vulnerabilidade. Os autores não só falam sobre a importância do autocuidado como também trazem à baila a necessidade da construção de vínculos afetivos e de um espaço seguro para a expressão da dor, o que parece razoável, já que esconder os sentimentos em um potinho não costuma funcionar a longo prazo (ainda mais se você não lembrar onde guardou o potinho).
Ao longo do livro, há um cuidado em não cair na armadilha das fórmulas prontas - frase feita que muitos adoram. A ideia é discutir, problematizar e, quem sabe, até dar boas risadas, porque um pouco de humor faz bem, e a psicanálise (ou qualquer terapia, para ser justo) não pode ser um fardo tão pesado.
O livro é como um bom amigo no momento da crise: ele te ouve, te faz refletir e, no final, te dá algumas dicas úteis sobre como lidar com os infortúnios da vida. No meio disso tudo, fica a certeza de que o desamparo é parte da jornada humana e, embora os autores pareçam dar a entender que podemos chegar a bons destinos a partir dele, quem sabe, ainda é uma grande aventura da vida.
Se você está à procura de um tapa na cara emocional ou uma reflexão profunda sobre a condição humana (acompanhada de boas risadas), "Psicanálise em face ao desamparo e seus destinos" vai te oferecer mais insights do que você pode imaginar. E lembre-se: na psicanálise, assim como na vida, nem tudo é linear - mas, definitivamente, tudo é extremamente interessante.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.