Resumo de Medicalização do social: Um estudo sobre a prescrição de psicofármacos na rede pública de saúde, de Daniele de Andrade Ferrazza
Entenda como a medicalização transformou questões sociais em receitas de psicofármacos. Uma análise crítica e irônica de Daniele Ferrazza.
domingo, 17 de novembro de 2024
Preparem-se, pois vamos mergulhar no mundo da medicalização e descobrir como a prescrição de psicofármacos se tornou mais comum que memes de gatinhos na rede pública de saúde! Neste livro, Daniele de Andrade Ferrazza nos leva a um passeio pela loucura que é o uso de remédios na sociedade contemporânea, onde até o mais simples dos males é tratado como se fosse uma doença crônica em estado terminal.
Começamos com o conceito de medicalização, que, para quem não está familiarizado, é a tendência de transformar questões sociais e comportamentais em problemas de saúde que requerem tratamento. Resumindo: se você está triste, provavelmente está com "depressão leve" e precisa de uma pílula mágica. A autora critica essa ideia de que, ao invés de abordarmos as causas reais dos problemas sociais (como a falta de dinheiro para pagar contas ou a dificuldade de relacionamento), optamos por dar um remedinho e esperar que tudo se resolva, como mágica!
Ferrazza apresenta estudos de caso que revelam como essa prática é banalizada nas consultas da rede pública de saúde. Espia só: se um paciente vai ao médico reclamando de estresse por conta dos boletos que chegam todo mês, ele pode sair de lá com uma receita de antidepressivos em mãos. A autora ressalta que, muitas vezes, os profissionais de saúde preferem a solução rápida (ou seja, uma receita que gera retorno financeiro) ao invés de uma conversa mais profunda e um tratamento que realmente aborde a vida do paciente.
Agora, se você está esperando um estudo minucioso e chato, pode ficar tranquilo! O livro também coloca em questão o papel dos laboratórios farmacêuticos, que parecem estar em uma corrida para ver quem consegue fazer mais dinheiro vendendo aqueles comprimidos coloridos. Ferrazza aponta como a publicidade e a pressão da indústria influenciam tanto os médicos quanto os pacientes, tornando a solução mais fácil (e lucrativa) aparentemente a única opção.
Um dos pontos altos do livro é como ele nos mostra o impacto dessa medicalização na sociedade. As pessoas começam a acreditar que a solução para qualquer incômodo é uma pílula, e assim a busca por um tratamento mais holístico ou terapias alternativas vai para o beleléu, enquanto a farmácia se torna o novo santuário. Você sentiu o drama? Porque Ferrazza sentiu!
Por fim, a autora traz à tona a necessidade urgente de uma reflexão crítica sobre como lidamos com a saúde mental e a medicalização na sociedade. Ou seja, precisamos conversar mais, entender melhor o que se passa e, gentilmente, dizer "não" aos antidepressivos quando a verdadeira solução pode ser um bom chá de camomila ou, quem sabe, uma terapia com alguém que realmente escute nossos desabafos.
E se você estava pensando que o livro era só sobre "remédios e coisas chatas", pense novamente! Ferrazza traz uma análise afiada, repleta de ironia e crítica social, mostrando como a sociedade parece ter trocado o "conversar é a solução" por "toma aqui uma cápsula e vá ser feliz".
Então, para quem avança na leitura, fica o recado: se você sair do médico com mais remédios do que soluções, talvez esteja na hora de repensar um pouco essa jogada!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.