Resumo de O Calcanhar da Memória, de Luis Pimentel
Explore a complexidade da memória em 'O Calcanhar da Memória' de Luis Pimentel, onde lembranças e esquecimentos se encontram em reflexões provocantes.
domingo, 17 de novembro de 2024
Em um mundo onde a memória pode ser tanto um presente quanto uma maldição, O Calcanhar da Memória de Luis Pimentel surge como um convite para explorarmos a penumbra entre lembranças e esquecimentos, como se fôssemos uma combinação de Sherlock Holmes e aquele amigo chato que sempre conta histórias do passado.
A narrativa nos apresenta um protagonista que parece ter um talento especial para lembrar das coisas, tipo um Google humano, mas que ao mesmo tempo é atormentado por memórias que, se não fossem tão íntimas, poderiam render um bom filme de terror. Imagine: você se depara com uma lembrança que mais parece um tombo no dia da sua formatura, e a vontade é de se esconder embaixo da cama. A história vai desenrolando uma série de reflexões sobre a natureza da memória: será que lembrar é sempre bom? Ou será que, às vezes, o esquecimento é um alívio?
O que Pimentel faz de melhor é nos levar a questionar nossa própria relação com o passado. Aqui, não há espaço para reacionar e usar a famosa frase "na minha época era tudo melhor". Com uma prosa envolvente, o autor nos arremessa nas memórias coletivas e individuais, como se fôssemos convidados a uma festa onde você vai encontrar o seu eu de 10 anos atrás e discutir o que faria diferente na vida. Spoiler: vocês vão se desentender.
Na trama, somos levados a entender que a memória tem um calcanhar frágil - uma referência que remete ao mito grego de Aquiles, mas no contexto de lembranças. Cada passo que damos na construção de nossas memórias pode ser questionável e, em alguns momentos, até doloroso. A metáfora do calcanhar sugere que, mesmo nossas memórias mais queridas podem se tornar vulneráveis e suscetíveis a falhas, assim como aquele seu amigo que se esqueceu do aniversário da namorada e teve que esconder a fúria dela atrás da porta.
A obra ainda provoca reflexões sobre a passagem do tempo e como as memórias ficam distorcidas com a idade, semelhante aos quadros em que temos a impressão de que os traços estão se apagando. talvez isso explique as suas lembranças da infância serem mais como uma série de filtros do Instagram. O tempo é implacável, e com isso, Pimentel apresenta um jogo de palavras que faz o leitor se sentir tanto culpado quanto aliviado por esquecer algumas coisas da vida.
Em suma, O Calcanhar da Memória é um lembrete de que, se a vida é feita de momentos, talvez seja melhor aproveitar aqueles que ainda temos ao invés de reviver aqueles que poderiam ser mais bem lembrados. Então, da próxima vez que se lembrar de algo embaraçoso, lembre-se: é tudo parte do show! E quem sabe, só talvez, suas memórias não podem ser tão calcanhar de Aquiles assim.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.