Resumo de Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente
Aprofunde-se na crítica social e moral de Gil Vicente em 'Auto da Barca do Inferno'. Descubra personagens cômicos e profundos que desafiam a ideia de salvação!
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achava que a vida do além era um mar de rosas, é melhor se preparar para o que vem por aí! Auto da Barca do Inferno, uma das obras mais icônicas de Gil Vicente, é uma verdadeira montanha-russa de personagens que vão do céu ao inferno com a facilidade de quem pega um ônibus na esquina. E sim, esse ônibus é cheio de moralidades!
A peça é basicamente um sketch do além, onde a barca que leva as almas para o seu destino final (seja lá o que isso significar) está cheia de personagens de diversos tipos, cada um com seu próprio drama, que mais parecem sair de um reality show de tão caricatos. O que temos aqui é um desfile de misérias humanas: são malandros, hipócritas, fúteis e até alguns religiosos que, para surpresa geral, demonstram que nem sempre são os melhores candidatos ao céu. Spoiler: a salvação não é garantida!
Começamos com uma figura muito simpática chamada Caronte, que, se você achava que era só um barqueiro do além, se engana. Ele tem a difícil missão de decidir quem vai para qual barca: a do céu ou a do inferno. E é aqui que a coisa começa a ficar divertida! Os personagens são chamados, um a um, e as suas justificativas para a entrada são um verdadeiro show de horrores.
Entre os personagens, encontramos o Fidalgo, que se acha a última bolacha do pacote, mas, no fundo, é só um esnobe sem caráter. Temos também o Avarento, que dá um novo significado à ideia de que dinheiro não traz felicidade, já que, no fundo, ele só pensa em juntar grana enquanto todo mundo está em pleno processo de morrer. Sem esquecer da Morte, que, se dependesse do nosso querido Gil Vicente, era praticamente a influencer mais seguida do inferno.
O momento ápice da peça se dá quando os personagens, com suas desculpas e histórias contadas, tentam convencer Caronte a deixá-los passar, criando um verdadeiro espetáculo de argumentos absurdos. É um festival de hipocrisia e humor que revela, de forma cômica, as falhas e fraquezas da humanidade.
Em suma, Auto da Barca do Inferno é um retrato mordaz da sociedade e dos costumes de sua época, mas que ainda ecoa na atualidade. Gil Vicente usa suas personagens como uma lente para criticar a moralidade da época, dando uma sacudida naqueles que pensam que estão imunes à crítica. Esta é uma obra que continua atual, com um toque de humor e ironia, mostrando que todos têm sombras no armário.
E, por favor, não se esqueça: a vida é curta demais para levar a sério! Quando você acha que está indo para o céu, lembre-se que a fila da barca pode ser bem mais longa do que você imagina.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.