Resumo de Carbono Alterado (Vol. 1), de Richard Morgan

Mergulhe na trama de Carbono Alterado e descubra como Takeshi Kovacs, um ex-soldado, lida com assassinatos em um futuro distópico repleto de reviravoltas.

Prepare-se para um passeio perturbador por um futuro onde a moralidade foi colocada de lado a ponto de parecer parente do "Quem quer ser milionário". Aqui, em Carbono Alterado, de Richard Morgan, o protagonista Takeshi Kovacs é um ex-soldado que teve seu corpo "revitalizado" após uma morte digna de um roteiro de filme de ação - claro, isso se você considerar um tiro na cabeça como uma forma de descanso.

A trama arranca com Kovacs acordando em um novo corpo, um tanto quanto estranhamente sedutor, mas que definitivamente não é o que ele tinha antes - vamos chamá-lo de "a melhor versão dele mesmo", embora não tenha certeza se isso é uma promoção ou uma piada de mau gosto. O problema? Ele foi ressuscitado para resolver o brutal assassinato de um rico magnata, o que acaba sendo uma espécie de "quem matou?".

Mas calma lá, não podemos esquecer que neste mundo tecnológicamente avançado a morte não é o fim, muito pelo contrário! As pessoas podem transferir suas consciências para novos corpos, como se fossem roupas novas. Pense numa versão futurística do "o dobro da miopia, o dobro da amnésia". Mas será que só porque podem, fazem? Ah, a grandeza da moralidade humana, sempre em evolução.

Kovacs não tem muito tempo para se lamentar sobre a sua ressurreição, porque logo ele se vê mergulhado em um turbilhão de intrigas, conspirações e, claro, uma boa dose de violência. Afinal, nada mais divertido do que resolver um assassinato em meio a um jogo de xadrez onde as peças são os corpos e o tabuleiro é a cidade caótica de Bay City, onde ele é mais um peixe fora d'água. Mais peixe do que fora d'água, se me permitem a observação.

A cada reviravolta, Kovacs se depara com uma série de personagens que desafiam sua habilidade de discernir quem é amigo e quem é inimigo. Temos desde um advogado que parece mais um mafioso do que o próprio Don Corleone, até um grupo de hackers que certamente sabiam programar antes de aprender a andar. Vamos advertir aqui: não se apegue muito a ninguém, porque nesta história, cada um pode ter uma data de validade.

Agora, como toda boa narrativa noir, Carbono Alterado não poupa detalhes nas descrições de cenários e em suas críticas sociais. O capitalismo selvagem, a desigualdade, e a busca por identidade em tempos de tecnologia são temas que farão você refletir (ou rir). E aqui vai um spoiler sutil: a revelação do assassino não é exatamente o que você esperaria, mas não se preocupe, você normalmente espera algo diferente.

Além das reviravoltas e dos confrontos filosóficos que se entranham no texto, não deixe de notar a carga de referências culturais que o autor joga na sua cara como se fossem pedrinhas de um caminho. É uma viagem ao lado do protagonista, mas também um convite para refletirmos sobre quem somos, ou melhor, quem estamos nos tornando.

Então, amigo leitor, prepare-se para uma leitura repleta de ação, reviravoltas e uma boa dose de humor negro e ceticismo em um mundo que poderia ser a realidade se não fosse tão insuportavelmente ficcional. E lembre-se: em Carbono Alterado, o caminho pode ser bem mais interessante que o destino!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.