Resumo de Machado de Assis afrodescendente: antologia e crítica, de Eduardo de Assis Duarte
Explorando a herança afrodescendente de Machado de Assis, Eduardo de Assis Duarte revela nuances culturais e críticas que vão além da literatura clássica.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você sempre achou que Machado de Assis é o tipo de cara que vai para uma festa de gala, mas você só conheceu ele na versão "clássicos da literatura", prepare-se para uma reviravolta: Machado de Assis afrodescendente: antologia e crítica, de Eduardo de Assis Duarte, é o convite que você estava esperando para entender um lado menos conhecido do grande bruxo da literatura brasileira.
Nesse livro, Duarte jogou luz sobre a herança afrodescendente de Machado, misturando crítica e antologia de uma forma que poderia ser comparada a um sopão onde você encontra de tudo: um pouco de crítica literária, um punhado de história e muitas reflexões que nos fazem repensar como enxergamos nosso ícone das letras. Afinal, a identidade é uma ceia, e a gente precisa saber o que cada um colocou na mesa.
O autor começa a construção dessa deliciosa narrativa indicando como a multiculturalidade está presente nas obras machadianas. É quase como descobrir que seu avô não era só um contador de histórias, mas também um artista plástico: a gente sabe que ele fez arte, mas ao explorar o contexto afrodescendente, a gente se dá conta de que as histórias vão muito além do que a gente imaginava. O que se vê é uma bela tapeçaria onde, em vez de fios de ouro e prata, há a influência das culturas africanas. Sim, Machado tinha mais a nos contar!
Duarte não só apresenta trechos da obra de Machado, como também faz um apanhado crítico, um verdadeiro "cadê a raiva" dos textos. O autor vai além e propõe uma análise que traz à tona as nuances raciais e culturais que cercam a figura do escritor. Olha, se você pensou que entender Machado seria fácil, é bom se preparar, porque aqui é maratona e não passeio no parque. Spoiler alert: negro e mulato na literatura não são apenas personagens, mas eles têm tudo a ver com o que o próprio Machado viveu e fez.
O livro também é uma chamada à ação - um grito coletivo para que, ao falarmos de Machado, não o reduzamos a um mero "gênio da lâmpada" que só realiza desejos literários. Ao contrário, Eduardo de Assis Duarte nos convida a pensar em toda a complexidade que envolve sua trajetória, em como suas experiências pessoais e colectivas moldaram suas obras. E sim, de novo: Machado era um gênio, mas era um gênio num contexto social cheio de camadas.
Se você ainda está se perguntando se esse livro é só mais um sobre "como Machado de Assis é genial", sinto informar que não! Ele é brinqüedo novo na prateleira: cheio de críticas, questionamentos e, principalmente, um convite a repensar a literatura brasileira sob uma nova ótica. Prepare-se para refletir sobre como a identidade e a cultura afrodescendente estão entrelaçadas no coração da obra machadiana.
Em suma, "Machado de Assis afrodescendente: antologia e crítica" é uma obra que promove um olhar atento sobre o que o autor representou e ainda representa para os dias atuais. É um refresco numa esquina literária que, por muito tempo, foi apenas uma sombra de brisa. Se você está com sede de conhecimento, esse livro é a sua fonte!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.