Cacilda
Fátima Parente
RESENHA

Cacilda, de Fátima Parente, é mais do que uma história; é um convite para se perder nas tramas do amor, da dor e das transformações que nos moldam como seres humanos. Ao longo de suas páginas, a autora nos leva a um passeio profundo pela complexidade das relações e a fragilidade da vida, em um texto que ecoa as vozes de uma geração sedenta por compreensão e conexão.
A obra aborda uma personagem que, em sua jornada, convive com a ausência, com os ecos de suas escolhas e a busca incessante por um sentido que, muitas vezes, parece escorregar entre os dedos. Fátima Parente, com sua prosa delicada e incisiva, nos faz sentir cada emoção como se fossem nossas. Ela não apenas descreve, mas nos faz viver, nos faz sentir o calor das lágrimas e a dureza da solidão em cada parágrafo. Não é à toa que Cacilda tem gerado intensas discussões e ressoado em leitores que buscam um reflexo de suas próprias realidades nessa narrativa visceral.
A autora, com um background familiar e cultural rico, insere a história em um contexto que transborda questões sociais, existenciais e internas. O texto reflete as inquietações de uma sociedade contemporânea onde o amor é ao mesmo tempo uma salvação e uma armadilha. Comentários de leitores revelam que muitos se veem representados nas suas páginas; a fragilidade da protagonista toca em feridas próprias, e as histórias de vida e perda são compartilhadas como um desabafo coletivo.
Entretanto, nem todos saíram satisfeitos dessa leitura. Críticas apontam uma certa lentidão em alguns momentos, onde a profundidade emocional pode parecer excessiva para aqueles que buscam uma narrativa mais leve. Mas será que isso realmente é um demérito? Para alguns, a intensidade é um atrativo, uma oportunidade de mergulhar em um oceano de sentimentos que não é comum em muitas obras contemporâneas.
Os ecos de Cacilda se estendem para além das páginas. A forma como Fátima Parente captura a essência do humano é inegavelmente impactante. Sua capacidade de falar sobre amor e perda reverbera na obra de diversos autores contemporâneos, criando uma rede de influências que promove uma reflexão necessária sobre a condição humana.
E aqui estamos nós, provocados a refletir sobre nossas próprias Cacildas. O que você está vendo em seu espelho? Uma vida plena? Uma busca incessante? Ou será que olhamos para um abismo de solidão? Cada resposta nos leva ao próximo passo na jornada de autodescoberta que Cacilda tão eloquentemente propõe.
Não se trata apenas de ler; trata-se de sentir, de experienciar essa montanha-russa de emoções que Fátima nos oferece. Não deixe escapar a oportunidade de se deixar envolver por essa narrativa que é pura poesia em prosa. Cacilda te espera.
📖 Cacilda
✍ by Fátima Parente
🧾 96 páginas
2016
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