Cadeira de balanço
Carlos Drummond de Andrade
RESENHA

A obra Cadeira de balanço, de Carlos Drummond de Andrade, transcende o mero ato de ler e se torna uma experiência visceral, uma verdadeira viagem emocional por entre as entranhas da alma humana. Drummond, um dos ícones da poesia brasileira, nos brinda com essa narrativa, revelando não apenas a beleza de sua prosa, mas também a profundidade de suas reflexões sobre a vida, a morte e tudo o que se entrelaça entre esses dois extremos.
Neste livro, Drummond transforma a simples imagem de uma cadeira de balanço em um símbolo potente de contemplação e reflexão. Como ela balança, somos conduzidos por suas palavras, sentindo cada movimento, cada vibração de nostalgia e saudade que permeiam as páginas. A cadência da narrativa é como o próprio balanço: ora suave, ora inquietante, sempre nos fazendo questionar: o que realmente significa viver?
Um dos aspectos mais fascinantes da obra é a capacidade de Drummond de transformar o cotidiano em poesia. Ele evoca memórias, relações e a passagem do tempo de uma maneira que faz com que cada leitor se veja ali, imerso em suas próprias reminiscências. As opiniões dos leitores variam entre aplausos e críticas. Muitos ressaltam a elegância e a profundidade de sua escrita, outros sentem que a obra pode ser densa demais para os tempos atuais. Contudo, é exatamente essa densidade que provoca reflexão e uma batalha interna com os nossos próprios sentimentos.
Ao longo da narrativa, Drummond não tem medo de tocar em feridas abertas da sociedade e da condição humana, inserindo elementos da sua trajetória de vida e do contexto histórico que permeou sua produção. Ele conjuga seu background familiar e cultural com questões universais, fazendo do seu livro um espelho da própria sociedade brasileira. O autor, que viveu momentos turbulentos e transformadores em sua época, consegue transmitir ao leitor o peso e a esperança que coexistem na luta pela vida, em um Brasil que ainda busca seu caminho.
A cada página, a Cadeira de balanço questiona a forma como nos relacionamos com o tempo, com as mudanças e com as inevitáveis perdas. Os leitores saem dessa experiência com a sensação de que não são apenas testemunhas da história contada, mas co-autores de suas próprias narrativas. Você se vê imerso em um espaço onde a cadeira balança, e a visão de Drummond se torna a sua própria. A intensidade dos sentimentos evocados é tão profunda que, ao final, pode-se até chorar, rir ou simplesmente ficar em silêncio, refletindo sobre a vida que passou, as que virão e o eterno balanço entre elas.
Neste delicado entrelaçar de palavras e emoções, Drummond nos oferece mais que um livro: ele nos dá uma nova maneira de entender a existência. E ao folhear suas páginas, você descobre que cada linha é uma oportunidade de reavaliar sua própria história. A Cadeira de balanço não é somente uma leitura; é um convite à introspecção e à transformação. Se você ainda não se deixou levar por essa experiência, o que está esperando?✨️
📖 Cadeira de balanço
✍ by Carlos Drummond de Andrade
🧾 224 páginas
2020
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