Campesinos
Una clase condenada (Ceylán, Túnez, Senegal).
René Dumont
RESENHA

Campesinos: uma classe condenada (Ceylán, Túnez, Senegal) é uma obra que transborda provocações e reflexões sobre a realidade agrária global. Escrita por René Dumont, um verdadeiro cronista das lutas sociais do século XX, o livro se torna um poderoso instrumento de análise e crítica. Mesmo décadas após sua publicação, suas palavras reverberam como um manifesto urgente sobre as desigualdades sociais e a resistência do campesinato.
Neste trabalho, Dumont não se limita a descrever a vida dos camponeses como meros objetos de estudo; ele os humaniza, mostra suas batalhas diárias e os desafios enfrentados em sociedades que historicamente os relegaram a um segundo plano. O autor, advindo de um background familiar que mescla a aristocracia e o amor pelo campo, se tornaria um arauto da necessidade de repensar os sistemas que sustentam a dominação agrária.
A obra, lançada em um contexto de crescente agitação social e política nas décadas de 70, propõe um olhar contundente e desafiador sobre a luta pela terra e pela dignidade. Dumont retrata não apenas a realidade de Ceylán, Túnez e Senegal, mas também traça paralelos com as injustiças que ecoam nas nossas terras. Ao mergulhar na prosa incisiva do autor, o leitor se vê confrontado com suas próprias convicções e preconceitos, sendo puxado para um turbilhão de emoções que engendram uma nova perspectiva sobre a luta dos trabalhadores do campo.
Os comentários de leitores variam entre elogios fervorosos e críticas aceradas. Muitos aclamam a capacidade de Dumont de captar a essência do campesinato, transformando suas vozes em gritos de liberdade e resistência. Outros, porém, apontam uma certa idealização, como se o autor, em seu ímpeto revolucionário, não conseguisse abarcar as complexidades e nuances das realidades locais. Contudo, o que não se pode negar é que Campesinos é uma obra imprescindível para qualquer um que busque entender as intersecções entre agricultura, política e a economia global.
Este livro nos força a olhar para a terra e a vida rural com novos olhos. Dumont não se contenta com a superficialidade, ele nos incita a ir mais fundo, refletindo sobre o que significa ser campesino em um mundo cada vez mais industrializado e urbano. Arremessados na prosa afiada do autor, somos compelidos a ouvir o que muitos preferem ignorar. A sensação de impotência frente à injustiça social se transforma em um chamado à ação.
É na resistência do campesinato que reside uma resiliência incomum, um sopro de humanidade em tempos de desumanização e exploração. Campesinos: uma classe condenada não é uma leitura confortável; ao contrário, é uma experiencia intensa que sacode as convicções e provoca as emoções mais profundas. Depois de encerrar as últimas páginas, a certeza é uma só: o campesinato não deve ser esquecido, e suas vozes precisam ser sempre ouvidas, ecoando em cada canto da luta por justiça e igualdade. O que você está esperando para se deixar envolver por essa obra transformadora? Não fique de fora da revolução que acontece nas páginas de Dumont, leia e tome partido!
📖 Campesinos: una clase condenada (Ceylán, Túnez, Senegal).
✍ by René Dumont
1974
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