Casa, Doce Lar. O Habitar Doméstico Percebido e Vivenciado
Érica Negreiros de Camargo
RESENHA

Casa, Doce Lar. O Habitar Doméstico Percebido e Vivenciado transcende a simples análise do espaço físico em que habitamos; ele é uma ode ao sentimento de lar, onde cada parede e cada canto contam histórias que vão muito além do silêncio das estruturas. Érica Negreiros de Camargo, através de sua escrita, nos força a nos confrontar com a essência do que significa habitar. A obra não é uma mera junção de conceitos arquitetônicos; é um convite a mergulhar nas memórias, nos afetos e nas experiências que moldam o nosso cotidiano.
O ato de habitar é íntimo e complexo, um emaranhado de emoções que perpassa a nossa existência. Érica explora como o espaço que chamamos de lar influencia as relações, as emoções e, por fim, a nossa identidade. Ela nos faz refletir: o que é, na verdade, o lar? É um abrigo físico ou um refúgio emocional? Essa dualidade pulsa ao longo das 322 páginas, levando o leitor a se questionar sobre suas próprias vivências e memórias.
Os leitores se deixam levar por uma maré de sentimentos ao longo da leitura. Muitos são tocados por suas experiências pessoais, ao relembrar momentos de felicidade, tristeza e até solidão. As opiniões são intensas e variam do amor à obra a críticas sobre a densidade teórica apresentada. Para alguns, essa profundidade é pura poesia; para outros, uma barreira que dificulta a conexão. A polarização, no entanto, é um reflexo da relevância do tema e do impacto que as discussões provocam.
E não podemos ignorar o contexto histórico em que esta obra foi escrita. Publicada em 2009, em uma época marcada por grandes transformações sociais e tecnológicas, Casa, Doce Lar se torna um retrato de um tempo em que o conceito de lar estava em constante reconfiguração. O individualismo crescente e a luta por espaços que preservassem a intimidade em meio à superficialidade da vida moderna ecoam nas palavras de Camargo, que habilmente entrelaça essas questões com a necessidade humana de pertencimento.
A estrutura da obra, rica em referências e reflexões filosóficas, não é para os fracos de coração ou de mente. Cada capítulo é um convite à introspecção, um chamado para que você, leitor, busque entender sua própria relação com o espaço que habita. Afinal, o que te liga à sua casa? São as risadas? As brigas? Os momentos de união?
Levando em conta as emoções que a autora provoca, é impossível não sentir o coração pulsar ao lembrar-se de cada canto de sua própria casa. As críticas, quando aparecem, não se exaltam, mas revelam a profunda conexão que este livro estabelece com suas experiências. É um lembrete poderoso de que, independentemente das diferenças, todos têm algo a dizer sobre o lar.
Em suma, Casa, Doce Lar não é apenas uma leitura, é uma experiência sensorial. Este livro pode te levar a reavaliar seus próprios lares, acústica emocional que reverbera nas próprias paredes da sua vida. Pense bem: o que você faria se, ao fechar os olhos, pudesse reviver cada sensação associada ao seu lar? É nesse espaço mental que Érica Negreiros de Camargo nos leva a viajar, em busca das nuances que moldam o que realmente significa estar em casa.
📖 Casa, Doce Lar. O Habitar Doméstico Percebido e Vivenciado
✍ by Érica Negreiros de Camargo
🧾 322 páginas
2009
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