Cenas do cotidiano e da sexualidade de pessoas idosas institucionalizadas

Tatiane Rocha Razeira; Angelita Alice Jaeger

Cenas do cotidiano e da sexualidade de pessoas idosas institucionalizadas é uma obra que incendeia reflexões incômodas e necessárias sobre um tema frequentemente silenciado: a vida sexual e afetiva dos idosos em instituições. Ao longo de suas páginas, Tatiane Rocha Razeira e Angelita Alice Jaeger apresentam um panorama íntimo e impactante sobre um universo que muitos ainda se atrevem a ignorar. Por que é tão difícil falar sobre sexualidade na velhice? Isso, meus amigos, é apenas a ponta do iceberg que a leitura desta obra promete derreter.

Colocando a questão na mesa, as autoras nos fazem repensar nossas concepções sobre o que significa envelhecer. O que exatamente se perde na velhice? O direito ao amor? Ao desejo? A dúvida é cruel: quantas histórias, quantos afetos, quantas vivências são enterradas sob um manto de preconceito e desdém social? Neste livro, a narrativa valoriza a voz das pessoas que viveram, amaram e, muitas vezes, foram esquecidas. Cada cena exposta nos lugares de acolhimento se torna um chamado à ação, um grito em uníssono para que a sociedade abra seu olhar e, principalmente, seu coração.

A construção deste texto é tão intimista que você passa a sentir as emoções dos personagens, que, em sua aparente fragilidade, trazem lições poderosas sobre a fragilidade da existência humana. Os relatos trazem à tona temas como solidão, amizade e desejo, que emergem de histórias que não deveriam ficar limitadas a sussurros em corredores de instituições. Os leitores reagem de forma visceral: comentários exaltam como esse livro é um bálsamo para os que se sentem invisíveis, ao mesmo tempo em que provoca indignação por nunca antes haverem sido dignos de tal atenção.

Criticar ou elogiar a obra é um desafio, uma vez que, para muitos, a verdade estonteante que ela traz à luz pode ser, ao mesmo tempo, libertadora e perturbadora. Não é fácil encarar a realidade nua e crua da vida, principalmente quando ela desafia normas sociais profundamente enraizadas. No entanto, a habilidade das autoras em tecer uma narrativa que revira as entranhas faz com que as vozes silenciadas revelarem-se não apenas como transgressões, mas como verdadeiras celebrações da vida.

As palavras de Razeira e Jaeger reverberam amplamente, ressoando no agora. É uma obra que abre caminho para o diálogo, que acende o fogo da empatia e desmistifica as noções antiquadas sobre a sexualidade na terceira idade. Os ecos das opiniões dos leitores mostram o quanto essa obra é necessária. "Através deste livro, finalmente conseguimos enxergar a sexualidade como um direito inalienável, independente da idade", comentou um leitor, marcando a sintonia entre a obra e o espírito de justiça que move a nossa sociedade atual. Em contrapartida, algumas vozes ainda se ergueram com críticas, perpetuando a ideia de que o envelhecimento deveria ser sinônimo de renúncia, mas será que realmente devemos deixar essa norma ditar nosso entendimento sobre a vida?

Respirando a essência desta leitura, o convite é claro: não ignore as realidades que você pode não estar preparado para aceitar. Envolver-se com Cenas do cotidiano e da sexualidade de pessoas idosas institucionalizadas é embarcar em uma jornada de redescobrimento e responsabilização. Cada página se torna uma revelação, um despertar que pode transformar não apenas a sua visão sobre a velhice, mas todo um conjunto de valores sociais. O desafio está lançado: você terá coragem de encarar a verdade que se revela diante de você?

📖 Cenas do cotidiano e da sexualidade de pessoas idosas institucionalizadas

✍ by Tatiane Rocha Razeira; Angelita Alice Jaeger

🧾 126 páginas

2020

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