Cine Pathé. -- ( Bh A Cidade De Cada Um ; 11 )
Celina Albano
RESENHA

Cine Pathé transcende as páginas e se instala na memória afetiva de quem o lê. Celina Albano, a mente inquieta que nos brinda com este deleite literário, mergulha nas nuances do cinema como uma linguagem que molda a identidade cultural. Não se trata apenas de mergulhar no passado glorioso das salas de projeção, mas é uma viagem visceral pelo impacto social e emocional que a sétima arte exerce em cada um de nós. ✨️
A obra abre a porta para um universo repleto de ressonâncias históricas. O cinema, mais do que entretenimento, emerge como uma poderosa ferramenta de transformação social. Ao longo do texto, a autora, habilidosa como uma diretora de cinema, guia o leitor por histórias que se entrelaçam e nos fazem rir, chorar e refletir. A magia reside na maneira como Cine Pathé revela a capacidade do cinema de capturar a essência da vida urbana brasileira, tornando-se uma crônica viva que não pode ser ignorada.
Alguns críticos destacam a beleza lírica da escrita de Celina, ressaltando como sua prosa evoca imagens vívidas que dançam na mente, como o rostinho ansioso das crianças aguardando a sessão de matinê ou a expectativa de um amor que floresce sob a luz do projetor. Outros, no entanto, apontam para uma certa nostalgia que permeia a narrativa, sugerindo que não é apenas uma celebração, mas um aviso sobre o que foi perdido. A luta pela preservação da memória cultural brasileira ressoa entre as linhas, e essa dualidade provoca um conflito interno no leitor.
E o mais impactante? O que Cine Pathé nos obriga a confrontar é a nossa própria relação com a arte. O que cada um de nós sente quando a luz se apaga e a tela se ilumina? As histórias contadas nas projeções ecoam as nossas, e nos forçam a questionar: quantas narrativas foram silenciadas? Quantas vozes permanecem fora do quadro? 📽
Ao se deparar com Cine Pathé, você não está apenas segurando um livro, mas um espelho que reflete a sociedade que habitamos. É impossível não se sentir tocado, não sentir um frisson ao lembrar das primeiras vezes em que se deixou levar por uma narrativa. Este livro é um convite à reflexão, uma oportunidade de revisitar nossas próprias experiências e a forma como elas se entrelaçam com a cultura que consumimos.
Ao final, a obra se torna um hino à resistência da memória cultural, um convite para não deixarmos que a magia do cinema se desvaneça na poeira do tempo. Os leitores saem revigorados, cientes de que a sétima arte é mais do que uma forma de entretenimento. É uma componente vital da nossa identidade coletiva, um patrimônio que devemos proteger com unhas e dentes.
Fica a pergunta: você vai deixar que essa oportunidade passe? Ao finalizar sua leitura de Cine Pathé, a certeza é clara: sua visão sobre o cinema e a cultura brasileira nunca mais será a mesma. 🔥
📖 Cine Pathé. -- ( Bh A Cidade De Cada Um ; 11 )
✍ by Celina Albano
2007
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