Colo, por favor!

Fabricío Carpinejar

A vulnerabilidade humana é um convite irresistível para o afeto. Essa é a alma pulsante de Colo, por favor! de Fabricío Carpinejar, uma obra que nos arrasta para um universo onde a fragilidade se entrelaça com a força das relações. Carpinejar, um dos cronistas mais emblemáticos do Brasil, nos oferece, neste livro, um mosaico de emoções que vai do riso à reflexão intensa, passando pela dor da ausência e pela delícia do toque.

O autor, conhecido por sua habilidade em traduzir o cotidiano em poesia viva, usa cada página para nos lembrar da importância do contato humano. Ao longo de 176 páginas, ele nos sussurra ao ouvido que a vida, em sua essência mais pura, é feita de gestos simples: um abraço, um olhar, um colo. Cada crônica é uma provocação ao nosso ser interior, uma verdadeira viagem ao coração das relações interpessoais. No seu estilo característico, Carpinejar mistura nostalgia e humor, despertando em nós um desejo quase visceral de se conectar, de experimentar a proximidade uns dos outros.

A força de Colo, por favor! não reside apenas em suas palavras, mas em como elas reverberam em nossas vidas. O autor usa sua própria história, suas memórias e suas vivências para criar um tecido emocional que nos envolve completamente. Grande parte do que sentimos neste livro vem dos ecos de nossas próprias experiências; ele acende a chama da empatia, fazendo com que reflitamos sobre nossos próprios relacionamentos.

Os leitores são unânimes em reconhecer a capacidade de Carpinejar de tocar em pontos sensíveis da alma. Comentários sobre a obra ressaltam como o autor provoca risadas e lágrimas num mesmo parágrafo, um verdadeiro golpe do destino. E há críticas também, claro. Alguns afirmam que o tom autobiográfico esbarra na melancolia excessiva, mas é essa mesma melancolia que nos faz humanos, que nos conecta em nossa natureza imperfeita.

Em um mundo saturado de telas e distrações, Colo, por favor! emerge como um grito por autenticidade e presença. Cada crônica é um lembrete: para viver plenamente, precisamos nos permitir ser tocados, acolhidos, e de, em contrapartida, acolher. Começa aqui uma revolução silenciosa, onde a vulnerabilidade é celebrada, e o amor se dispersa como um bálsamo sobre nossas feridas.

Se você ainda não mergulhou nesta obra que incita a reflexão e a emoção, está perdendo a oportunidade de uma catarse pessoal. Carpinejar não apenas escreve; ele se transforma em um sussurro na sua mente, uma lembrança na sua memória e um convite para um abraço que pode curar. Abrace isso e descubra o poder do toque, da conexão. A vida é curta demais para ficar sem colo.

📖 Colo, por favor!

✍ by Fabricío Carpinejar

🧾 176 páginas

2020

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