Colonialidade, psicologia e povos tradicionais
José Maria Nogueira Neto; Saulo Luders Fernandes
RESENHA

Colonialidade, psicologia e povos tradicionais é uma obra que explode as amarras da compreensão superficial acerca das intersecções entre saberes e práticas que moldam as vidas de comunidades marginalizadas. Escrito por José Maria Nogueira Neto e Saulo Luders Fernandes, este livro merece uma atenção redobrada, não apenas por sua relevância científica, mas também pelo vigor emocional que transborda em cada página.
Com um mergulho visceral nas raízes da colonialidade, os autores desnudam as estruturas de poder que perpassam a psicologia, revelando como essas instituições muitas vezes se tornam instrumentos de controle e exclusão. Analisando a vida e a resistência dos povos tradicionais, a obra instiga uma reflexão profunda sobre a desumanização que frequentemente acompanha a modernidade. Você se sente impelido a refletir sobre seu papel nesta narrativa mais ampla, confrontando seu lugar na sociedade.
Os protagonistas aqui não são apenas teorias acadêmicas, mas as vozes pulsantes de culturas ancestrais, que resistem e reinventam-se em um mundo que muitas vezes se recusa a reconhecê-las. Os autores elencam casos e realidades que tocam diretamente a alma, levando o leitor a sentir a dor e a força de tais comunidades. A psicologia emerge, então, como um espaço de luta e libertação, e não mais como uma mera ferramenta de controle social.
A recepção do livro tem sido entusiasmante, especialmente entre aqueles que buscam uma compreensão mais crítica das interações entre colonialidade e práticas psicoeducativas. Leitores têm elogiado a profundidade da pesquisa e a qualidade das reflexões, enquanto alguns críticos argumentam que a linguagem pode, por vezes, ser densa para os não iniciados. No entanto, os desafios apresentados pelos autores revelam a grandiosidade da obra: não se trata de uma leitura fácil, mas de uma provocação à resistência da ignorância e do preconceito.
Adentrando o contexto histórico, a obra é uma resposta vital às contemporâneas questões sociais, que reverberam com a luta por direitos e reconhecimento de grupos marginalizados. Os autores evocam figuras e movimentos que inspiraram uma nova forma de pensar a psicologia, transcendendo as fronteiras da academia. São menções importantes a pensadores e ativistas que influenciaram a maneira como compreendemos o impacto da colonialidade na saúde mental e social.
Colonialidade, psicologia e povos tradicionais é, portanto, uma leitura obrigatória para quem busca não apenas entender, mas transformar realidades. O livro não oferece respostas fáceis, mas provoca um incomodo necessário, instigando a busca por uma nova consciência que desmistifique e reinterprete a relação entre saber e poder. Ao final, você emergirá mais esclarecido, desafiado, e talvez até um pouco inquieto com as verdades que até então não ousava encarar. Prepare-se para uma jornada que, mais do que informativa, é absolutamente transformadora, repleta de insights que moldarão sua visão de mundo.
📖 Colonialidade, psicologia e povos tradicionais
✍ by José Maria Nogueira Neto; Saulo Luders Fernandes
🧾 326 páginas
2020
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