Como se fosse o dia 1
Os bastidores das gigantes da tecnologia que nunca saem do topo
Alex Kantrowitz; Petê Rissatti
RESENHA

No universo frenético das tecnologias que moldam o presente, emergiu uma obra que não apenas conta histórias, mas revela os segredos sórdidos e magnânimos das gigantes da tecnologia. Como se fosse o dia 1: Os bastidores das gigantes da tecnologia que nunca saem do topo, de Alex Kantrowitz e Petê Rissatti, é um convite irresistível para adentrar nas entranhas de empresas que dominam o cotidiano da população mundial. É um mergulho audacioso nos meandros corporativos onde cada decisão é um jogo de xadrez que pode mudar vidas.
A narrativa é mais do que um relato; é uma crônica vívida que jazzifica o pulsar das corporações, mostrando como a inovação é muitas vezes um espetáculo, uma performance que esconde, por trás dos holofotes, tensões, falhas e vitórias retumbantes. Os autores transcendem o papel de meros observadores, tornando-se cronistas de um sistema que muitas vezes parece não ter regras, onde a única constante é a mudança - e a pressão por resultados que ressoam na mente de cada executivo.
As críticas e elogios que ecoam entre os leitores são igualmente contundentes. Muitos destacam a fluidez da prosa e a profundidade da pesquisa. Outros, contudo, apontam que a obra poderia ter explorado ainda mais os dilemas éticos que cercam o setor. A verdade é que Kantrowitz e Rissatti apresentam uma visão panorâmica que, mesmo ao omitir certos detalhes, provoca reflexões ardentes sobre o papel dessas megaempresas na sociedade contemporânea. A dualidade entre inovação e responsabilidade social é uma conversa que fica no ar, implícita em cada página.
Se você já se sentiu pequeno diante da gigante do Google ou da onipotência da Amazon, esta leitura vai ressoar em seu âmago. Você se verá desnudado, confrontado com um mundo onde os números e algoritmos decidem seu dia a dia, mas também onde a criatividade e a visão podem reescrever histórias. A imagem que Keantrowitz e Rissatti pintam é a de um dia 1 perpétuo - um ciclo em que o novo é constantemente gerado e reciclado, onde a competição é voraz e a cultura do "fracasso rápido" reina soberana.
Nesse turbilhão, quantas vidas terão sido deixadas para trás nas sombras da estrutura massiva que se ergue? Esforços de inclusão e diversidade, por exemplo, são abordados, mas muitas vezes como notas de rodapé em um espetáculo grandioso. A reflexão é necessária, e o convite está feito: reflita sobre o impacto de sua relação com esses titãs, que muitas vezes se apresentam como salvadores, mas também exercem um poder quase hegemônico.
Em um momento em que as vozes contra a desigualdade e a desumanização se tornam cada vez mais altas, a obra de Kantrowitz e Rissatti não se limita a expor. Ela inspira um clamor por mudança, economia humana e responsabilidade. A força do seu conteúdo está na capacidade de incitar a indignação e a esperança, um lembrete de que, mesmo em um mundo repleto de algoritmos e dados, nunca devemos esquecer do elemento mais humano: a empatia.
Ao virar a última página, você sairá desta montanha-russa emocional não apenas com uma nova perspectiva sobre as gigantes da tecnologia, mas com um chamado interior à ação. Nunca antes o conhecimento foi tão poderoso, e essa leitura é, sem dúvida, uma ferramenta fundamental em sua busca por um mundo melhor. Se você não se permitir conhecer essa obra, estará, de certo modo, se privando das chaves que podem abrir portas em um mundo que nunca para de girar.
📖 Como se fosse o dia 1: Os bastidores das gigantes da tecnologia que nunca saem do topo
✍ by Alex Kantrowitz; Petê Rissatti
🧾 248 páginas
2020
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