Corpo que se experimenta em rasgos
Victor Guilherme Feitosa
RESENHA

Quando se fala em Corpo que se experimenta em rasgos, de Victor Guilherme Feitosa, a mente logo se abre para um universo de interrogações e reflexões profundas sobre a corporeidade e a experiência humana. Este não é um simples livro; é um convite para uma jornada visceral, onde cada página arranca camadas da realidade para revelar a essência do que somos.
A obra é um labirinto de emoções, um diálogo constante entre o eu e o outro, entre o físico e o imaterial. Feitosa, com uma prosa sofisticada e instigante, nos leva a questionar: o que significa realmente existir? Ao longo das 66 páginas, somos desafiados a explorar não apenas nosso corpo, mas também as marcas deixadas pelas experiências vividas, pelos encontros e desencontros.
Os leitores são unânimes em ressaltar a brutalidade poética do autor. Sua linguagem é crua, sem rodeios, mas ao mesmo tempo, carrega uma sensibilidade que toca os sentimentos mais profundos. Comentários nas redes sociais mencionam como Corpo que se experimenta em rasgos desperta sentimentos de empatia e reflexão, fazendo com que muitos se vejam retratados nas palavras de Feitosa. Um bom número deles se depara, pela primeira vez, com a possibilidade de olhar para suas próprias experiências dolorosas e transformadoras.
Neste contexto de autorreflexão, não podemos deixar de lado o ambiente cultural em que a obra foi escrita. Publicada em um 2020 marcado por crises sociais e uma pandemia que confinou e isolou muitos, esse livro ressoa com a luta interna que muitos enfrentaram durante os dias sombrios. A angustiante busca por conexão humana nunca foi tão intensa. E é nesse cenário que Feitosa se destaca como um cronista da alma, um artista que reveste a dor de beleza, transformando os rasgos em arte.
Os trechos mais impactantes da obra geram discussões fervorosas. Muitos leitores falam da sensação de estar nu, exposto, ao se deparar com a cadência das palavras de Feitosa. Outros, mais críticos, apontam que a densidade do texto pode ser um desafio, mas poucos conseguem se desconectar dessa experiência.
A conexão do autor com sua própria história e o modo como carrega ao longo da narrativa suas inquietudes é um dos grandes trunfos de Corpo que se experimenta em rasgos. A narrativa não se limita a ser uma simples exposição; é um manifesto sobre a condição humana, onde a dor é luz e os rasgos, feridas abertas por onde a vida vaza e se renova.
Ao finalizar essa leitura, você não é apenas um espectador; você se torna parte desse corpo que se experimenta, é convocado a sentir na pele o que significa estar vivo em meio ao caos. Essas páginas produzem uma transformação que vai além do mero ato de ler: elas te obrigam a se confrontar com suas próprias verdades, seus próprios rasgos. E, assim, você percebe que cada experiência, cada dor, é um convite à redenção. Não é apenas um livro; é a chave que pode te ajudar a abrir portas que você não sabia que existiam. 🖤
📖 Corpo que se experimenta em rasgos
✍ by Victor Guilherme Feitosa
🧾 66 páginas
2020
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