CORPOS QUE (NÃO) IMPORTAM NA PRÁTICA MÉDICA - UMA AUTOETNOGRAFIA PERFORMÁTICA SOBRE O CORPO GAY NA ESCOLA MÉDICA

GUSTAVO ANTONIO RAIMONDI

O impacto de CORPOS QUE (NÃO) IMPORTAM NA PRÁTICA MÉDICA emerge como um rugido pulsante no panorama acadêmico e social, desafiando normas e discutindo a invisibilidade do corpo gay dentro das instituições que deveriam, a priori, promover acolhimento e compreensão. Nesta ousada autoetnografia performática, Gustavo Antonio Raimondi não apenas narra suas experiências, mas também constrói uma narrativa potente que balança as estruturas conservadoras da medicina, um campo que muitas vezes se viu imune à diversidade.

Raimondi oferece uma visão visceral e íntima de como ser um corpo gay na escola médica se transforma em um ato de resistência. Como tecer uma narrativa que expõe o cotidiano de um médico LGBT+ e, ao mesmo tempo, provoca uma reflexão profunda sobre as dinâmicas de poder e opressão enraizadas na prática médica? O autor faz isso com maestria, pincelando sua história com referências que ecoam não só a luta pessoal, mas também a coletiva. Aqui, o leitor é convidado a mergulhar em um universo onde corpos se tornam protagonistas e objetos de discussão.

A obra não é apenas uma exposição; é um manifesto que clama por uma mudança de mentalidade. Em tempos onde a comunidade LGBTQIA+ ainda luta por espaço nas mais diversas esferas sociais, o livro se ergue como um farol, iluminando as tentações da exclusão e do preconceito. Raimondi provoca o leitor a sentir a angústia de ser despido de sua identidade em um ambiente que teima em padronizar e desumanizar.

As reações ao livro não tardaram a chegar. Muitos leitores se sentiram tocados, revelando em comentários que encontraram reflexões sobre suas próprias vivências em contextos semelhantes. Por outro lado, alguns críticos argumentaram que a abordagem performática poderia ser vista como excessiva, pontuando que a técnica poderia afastar leitores mais tradicionais. Contudo, essa própria controvérsia é a alma da obra - a discussão sobre quem importa na prática médica, e a urgência de trazer à luz vozes que costumam ser silenciadas.

As inquietações que CORPOS QUE (NÃO) IMPORTAM provoca vão muito além da sala de aula. O eco da luta por reconhecimento e respeito reverbera em outras áreas sociais, desafiando a estrutura médica a reavaliar seus valores e a reconhecer o corpo gay não como um empecilho, mas como parte do tecido humano que molda nossa sociedade. Para aqueles que atravessam a ponte para essa reflexão, o livro oferece não apenas uma leitura, mas um convite a participar ativamente de uma transformação necessária.

Em suma, a obra de Raimondi não se limita a um relato pessoal; é uma ousada interseção entre a prática médica e a identidade queer que mexe com estruturas. É a provocação que você não sabia que precisava, obrigando você, caro leitor, a sentar-se e reconsiderar: que corpos realmente importam na medicina? Essa é a pergunta que ficará com você longamente, e a resposta pode ser o primeiro passo para uma verdadeira mudança.

📖 CORPOS QUE (NÃO) IMPORTAM NA PRÁTICA MÉDICA - UMA AUTOETNOGRAFIA PERFORMÁTICA SOBRE O CORPO GAY NA ESCOLA MÉDICA

✍ by GUSTAVO ANTONIO RAIMONDI

🧾 266 páginas

2021

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