Crianças Que Vivem em Casas de Acolhimento - Um Olhar Sobre as Infâncias (In)Visíveis
Eliane Dominico e Solange Franci Raimundo Yaegashi
RESENHA

As páginas de Crianças Que Vivem em Casas de Acolhimento - Um Olhar Sobre as Infâncias (In)Visíveis revelam um universo profundo e angustiante, onde a inocência infantil é moldada por contextos que a maioria de nós, felizmente, nunca experimentou. Assinada por Eliane Dominico e Solange Franci Raimundo Yaegashi, esta obra não é apenas uma leitura; é um convite a mergulhar nas sombras da sociedade, onde as vozes das crianças em situações de acolhimento ecoam em clamor por reconhecimento e mudança.
Neste relato explosivo, os autores nos levam a refletir sobre as realidades de tantos pequenos que, ao invés de um lar seguro, encontram-se em instituições que, embora necessárias, frequentemente falham em proporcionar o afeto e a proteção que toda criança merece. As histórias entrelaçadas ao longo do texto são mais do que meros relatos; elas são gritos silenciosos de dor e esperança, feitos de um desejo de pertencimento em um mundo que os marginaliza. Você não conseguirá passar indiferente pelas experiências relatadas - cada linha parece pulsar com a dor e a resiliência dessas crianças.
A obra desafia nossa visão sobre o que significa ser uma criança. Nesse sentido, ela não apenas informa, mas transformará a forma como você vê a infância e suas complexidades. As autoras, com uma sensibilidade admirável, evocam emoções que vão do desespero à esperança. O que dizer, então, sobre a estrutura do livro? É uma montanha-russa de emoções, onde cada capítulo se desdobra como uma pétala, revelando as nuances do abandono, da solidariedade e, principalmente, da luta por dignidade.
Os ecos das vozes infantis são acompanhados pela crítica social e psicológica necessária para entendermos a urgência dessa questão. O aprendizado sobre o sistema de acolhimento é revelador e instigante, provocando um intenso sentimento de urgência em agir. Muitos leitores expressam um certo desconforto, pois a realidade apresentada é dura e, em muitos casos, alarmante. A leitura provoca uma revolta silenciosa, mas que deve ser convertida em ação. Afinal, quantas vidas podem ser transformadas se olharmos com compaixão e compromisso?
Alguns críticos apontam que a obra poderia ir além na exposição das políticas públicas envolvidas, mas é inegável que Dominico e Yaegashi já fazem um trabalho poderoso ao humanizar esses números que costumamos ver apenas em relatórios. As narrativas são impregnadas de uma humanidade palpável e, a partir do que é lido, a consciência se expande. Você se verá confrontado com a necessidade de falar sobre o que foi lido, de agir, de se importar.
Essa obra é uma doce e amarga lembrança de que cada criança tem uma história invisível e que muitas vezes, o que se passa por trás das portas de uma casa de acolhimento é apenas uma fração do que realmente acontece. Não é apenas uma chamada à ação; é um grito por justiça. Ao fim da leitura, o que fica são perguntas vitais: o que faremos com essas vozes que sussurram por mudança? Como podemos, nós, que temos um lar, ser agentes de acolhimento e mudança na vida dessas crianças?
Crianças Que Vivem em Casas de Acolhimento é, portanto, um testemunho urgente e inspirador, destilando uma esperança enraizada em ações concretas e empatia. Deixe que essa leitura ressoe em seu interior e transforme sua visão sobre a infância - uma transformação que não pode ser apenas temporária, mas deve se converter em uma luta contínua por acolhimento e direitos. Você não vai querer perder a chance de fazer parte dessa mudança.
📖 Crianças Que Vivem em Casas de Acolhimento - Um Olhar Sobre as Infâncias (In)Visíveis
✍ by Eliane Dominico e Solange Franci Raimundo Yaegashi
🧾 180 páginas
2021
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