Crucificados
Peça em 4 Actos, Representada pela Primeira Vez em Janeiro de 1902, no Antigo Theatro D. Amelia (Classic Reprint)
Julio Dantas
RESENHA

Crucificados: Peça em 4 Actos é um mergulho profundo nas angústias e dilemas do ser humano, um teatro que ecoa as vozes perdidas da sociedade de um século atrás e que, incrivelmente, ressoam ainda hoje. Julio Dantas, um dos expoentes do teatro português, nos brinda com uma obra que não é apenas um espetáculo, mas um manifesto existencial. 🕯
Escrita em um período de transição, onde as tradições se chocavam com as novas ideias modernas, "Crucificados" não é somente uma mera narrativa; é um convite à reflexão sobre os sofrimentos, as esperanças e as espertezas que nos cercam. Ao assistirmos à representação pela primeira vez em janeiro de 1902 no Antigo Theatro D. Amélia, somos transportados para um ambiente cheio de tensão e emoção. Os personagens, cada um à sua maneira, representam facetas da condição humana: o amor que se transforma em dor, a esperança que se esvai e as religiosidades que permeiam as relações sociais.
Como o espectador pode simplesmente se desligar? A força do texto de Dantas cria um campo de batalha emocional, onde a compaixão e a indignação se entrelaçam. Os diálogos são como chicotadas na alma, revelando as hipocrisias e os medos que nos habitam. O que te move? O que te crucifica? Cada ato traz à tona questões que, mesmo passados mais de cem anos, ainda são pertinentes e perturbadoras.
Audiências do passado e do presente reagem de formas distintas, mas as críticas não tardam a aparecer. Alguns consideram a obra atemporal, enquanto outros a veem como uma caminhada arrastada. Quais são os limites da dor humana? Através de conversas fervorosas, várias vozes se levantam: "Alguns personagens são exagerados!", dizem uns; "A profundidade do texto é inegável!", contra-argumentam outros. O que se percebe é a riqueza desse diálogo e como ele faz ferver o entendimento da peça.
Dantas, um produto da belle époque, traz para a cena o peso de sua herança cultural. Fato é que suas reflexões são um símile das batalhas intelectuais da época. Ao adentrar a mente do autor, desbravamos um seu próprio crucifixo: a luta constante entre a tradição e a modernidade, entre a fé e a dúvida. E você, leitor, sente essa tensão? 🔥
Devemos enaltecer ainda a relevância de "Crucificados" para as gerações de escritores e artistas que vieram depois. Suas influências são visíveis em diversas correntes dramáticas que moldaram o teatro contemporâneo. É como se o autor, por meio de suas palavras, deixasse um rastro de luz que ilumina o caminho dos que ousam explorar o terreno do sofrimento humano.
Ao final, a peça é um chamado à ação, uma reflexão que permanece em todos os que se permitem sentir e pensar. E a pergunta que ecoa: o que você faria ao se deparar com suas próprias cruzes? 💔 A cada leitura, a cada encenação, "Crucificados" transcende e causa um impacto visceral, desafiando você a se confrontar com suas mais íntimas verdades. Portanto, não ignore este clássico; permita-se ser tocado por ele.
📖 Crucificados: Peça em 4 Actos, Representada pela Primeira Vez em Janeiro de 1902, no Antigo Theatro D. Amelia (Classic Reprint)
✍ by Julio Dantas
🧾 186 páginas
2018
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