Das Cadeiras Isoladas ao Atheneu Sergipense
Elite Letrada e Ofício Docente em Sergipe no Século XIX
Fábio Alves dos Santos
RESENHA

Num deleite literário que transpõe o tempo, Das Cadeiras Isoladas ao Atheneu Sergipense se revela muito mais que um livro; é um convite a um mergulho profundo na história educacional de Sergipe no século XIX. Ao desnudá-lo, sentimos a pulsação do passado vibrando em cada página, onde a elite letrada e o ofício docente se entrelaçam de maneira fascinante. Fábio Alves dos Santos, ao penar com maestria, nos desvela um cenário onde a educação e a classe social duelam em um tabuleiro de xadrez que desafia a lógica da época.
Ao longo de 168 páginas, o autor nos conduz por um labirinto de ideias e reflexões históricas, questionando a formação dos intelectuais sergipanos e seu impacto na sociedade. O Atheneu Sergipense surge como o protagonista de um ato dramático, onde o saber e o poder se entrelaçam em uma trama complexa e sedutora. É uma celebração da educação, mas também uma crítica à exclusividade da elite, que tece um manto de opressão sobre as classes menos favorecidas.
Os comentários dos leitores revelam um panorama de emoções intensas. Muitos sentem-se tocados por uma nostalgia ao lembrar dos desafios enfrentados pelos docentes daquela época, enquanto outros não hesitam em criticar a romanticização de um passado que, embora venerável, também carrega os fardos de desigualdade e exclusão. Este embate de opiniões é o que torna a obra tão rica e envolvente; ela provoca uma reflexão sobre o presente e os ecos de um passado que ainda reverberam em nossas políticas educacionais contemporâneas.
O pano de fundo histórico que permeia o texto é palpável. Durante o século XIX, o Brasil passava por transformações profundas em sua estrutura social, política e econômica. A Revolução Industrial e as novas ideias de igualdade e liberdade ecoavam nos salões da elite, mas pouco penetravam as paredes das escolas e universidades, principalmente nas regiões periféricas como Sergipe. Fábio Alves dos Santos nos instiga a confrontar essa dualidade e a questionar: quem realmente se beneficia do conhecimento?
A narrativa provoca lágrimas e risos, e talvez uma raiva intensa ao lembrar que a educação, muitas vezes, foi usada como um instrumento de controle social. Essa ambivalência na educação - tanto como um farol de esperança quanto como um bastião de opressão - está lá, esperando para ser explorada pelo leitor.
No ápice dessa reflexão, Das Cadeiras Isoladas ao Atheneu Sergipense não é apenas uma crônica histórica, mas um grito de resistência. Ele deixa claro que o ofício docente não é apenas uma profissão; é uma missão sagrada - desafiadora, ingrata, mas essencial para o avanço social. O que se lê aqui não é apenas uma história do passado, mas um chamado à ação para que o educador, hoje, abra as portas do saber para todos, sem exceção.
Esta obra detém a capacidade de instigar sua essência crítica e moldar sua compreensão do papel transformador da educação na sociedade. Quer você seja um educador, um estudante ou um curioso apaixonado pela história, a leitura é uma experiência que transcende o tempo e provoca um despertar insano na consciência. Não deixe que este conhecimento fuja entre os dedos como areia; agarre-o e faça dele uma arma na luta por um futuro mais igualitário! 🌍✨️
📖 Das Cadeiras Isoladas ao Atheneu Sergipense: Elite Letrada e Ofício Docente em Sergipe no Século XIX
✍ by Fábio Alves dos Santos
🧾 168 páginas
2020
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