Declínio e queda do império romano
Edward Gibbon
RESENHA

Por que você cai, Roma? Gire o anel imaginário e retroceda ao tempo em que legiões marchavam decididas, quando cidadelas sombrias e tronos cristalinos se erigiam altivos. Edward Gibbon, com maestria arrepiante, destila "Declínio e queda do Império Romano", uma obra que não é só leitura, mas um convite épico a presenciar a derrocada dos titãs em sua última cênica e apoteótica cena.🌆
Um banquete literário que draga o que há de mais sórdido, fascinante e trágico na história humana, a peritência de Roma à sombra do brilho que um dia a consagrou. Edward Gibbon não apenas narra; ele nos estreia num espetáculo estóico e sombrio onde exércitos se desfazem em pó, políticos manobram a moral diante de muros e imperadores vivem em palácios ora adornados, ora condenados à sustentáculo decadente e inevitável☠️.
📜 O contexto histórico em que Gibbon idealizou essa obra esmagadora-aninhado nas luzes da Enlightenment, embrenhado na Londres do século XVIII-é crucial para absorver a graça e religiosidade com que descreve cada feito, cada labirinto político, cada batalha bizarra, eloquente e definitiva. Gibbon, um escudeiro de ridenda magna secretorum (os grandes segredos a serem conhecidos), revestiu com detalhes impactantes e apelos dilacerantes, provocando uma esfera de influências que ecoa até nosso século voraz.
Quando abrimos essas páginas, somos transportados através dum torvelinho de tráfiques, conspirações e ascensão e declive; somos superfície cromada refletindo as quedas e triunfo duma heráldica gênese irrebatível.
Indiscutivelmente, Gibbon marcou gerações. Winston Churchill, em seus cenários ladeados da Segunda Guerra Mundial, rogava a leitura de Gibbon com veneração; Dostoiévski, inspirado tanto pela reflexão quanto pela condenação, questionava-o nas penumbras de suas próprias páginas penitenciais. Gibbon não deixou pedra sobre pedra nesse monumento textual-elevando tochas às palavras seguintes e pulverizando argumentos com a frota de seu intelecto incontido.⚡️
A valentia de Gibbon não se exime de críticas. Há detratores que o acusam de parcialidade religiosa, algo que instiga com fervor debates contínuos, ¿mas acaso não refletem eles os mesmos impasses em qualquer miríade de percepção intelectual?
O choque de presenciar Roma se dissolver perante nossos olhos arrombados pela magnitude dessa obra transforma, exterioriza e cativa um espírito em busca de respostas. Há explosões emocionais que sussurram a heroica desgraça dos tempos antigos. Temos reverberado em anseio retumbante por cada desprestigia romana, cada senador vendido, cada auréola pretérita perdida.
Roma não caiu por hastes heroicas ou fronteiras desenhadas por legiões. Roma caiu por descuido humano, transbordamento moral e crença esquecida-e é esse o murmurante aprendizado que Gibbon soprou em nossas almas.🔥 Então, sente e relegue-se à queda inevitável de gigantes; Edward Gibbon não escreveu um livro-ele cunhou, forjou e bradou a renúncia ao arbitrário, ao satírico petulante e ao OLHARES UNIVERSAIS que absorvemos, até que caímos, tal qual Roma, em reflexão. Duvidas? Percorra essas 608 páginas e prepare-se perimetralmente a devastação emocional, intelectual e existencial em seus dias. Esta obra te DESTRUIRÁ e reconstruirá como as muralhas lendárias dessa metrópole equidistante atou por séculos e memórias.⚔️
📖 Declínio e queda do império romano
✍ by Edward Gibbon
🧾 608 páginas
2005
E você? O que acha deste livro? Comente!
#declinio #queda #imperio #romano #edward #gibbon #EdwardGibbon