DESAPARECIDOS
Ronaldo Duran
RESENHA

DESAPARECIDOS evoca um mistério que reverbera nas profundezas da alma humana, um chamado urgente para aqueles que se perderam nas sombras. Escrita por Ronaldo Duran, essa obra transcende o mero ato de contar uma história; ela provoca uma reflexão amarga sobre a condição humana, a fragilidade das relações e os ecos de quem, um dia, foi deixado para trás. Neste livro, que já está se tornando um fenómeno de discussão, a ausência torna-se presença, e a busca por respostas se transforma numa viagem visceral.
A narrativa se desenrola em um cenário onde a vida cotidiana se entrelaça com a dor da ausência, criando um labirinto emocional repleto de nuances. Duran, com uma prosa incisiva, não apenas narra, mas também expõe as feridas que o silêncio de muitos provoca. As vozes dos desaparecidos ecoam como um grito mudo, ressoando nos corações dos que ficam. Essa dimensão, retratada de forma sublime, faz com que o leitor questione não apenas a trajetória dos personagens, mas também a sua própria relação com o passado e com a dor alheia.
Opiniões divergentes sobre a obra começaram a permear as redes sociais e os círculos literários. Enquanto alguns leitores se rendem à beleza crua da escrita de Duran, outros criticam a abordagem intensa e até perturbadora de certas situações. "A intensidade é excessiva", disse um crítico em uma resenha, enquanto outro completou que a leitura é "um mergulho em águas profundas que, embora dolorosas, são necessárias". É exatamente esse choque que Duran provoca - uma experiência que não pode ser ignorada.
Ao longo de sua carreira, Duran já havia explorado temas profundamente humanos, mas nesse livro ele alcança um novo patamar. Suas palavras carregam um peso que transcende o entretenimento. Cada página é um convite para você confrontar o que mais teme: a perda, o luto, e a solidão. O autor nos obriga a sair da nossa zona de conforto e nos faz perceber que a vida é um mosaico de histórias contadas e não contadas. Quem nunca teve alguém que se foi, mas que permanece vivo, de alguma forma, em nossa memória? A obra toca nesse ponto crucial da experiência humana, fazendo-nos refletir sobre os laços que nos unem, mesmo quando a presença física se esvai.
Neste mosaico narrativo, há um apelo por empatia, uma tarefa que você não pode se dar ao luxo de ignorar. DESAPARECIDOS não é apenas uma leitura, é um apelo à consciência. Ao finalizar a última página, uma sensação de inquietação persiste, como se os desaparecidos estivessem, de fato, à espreita, requerendo sua atenção e sua compaixão. Você perceberá que a vitalidade das relações humanas está à sua porta, esperando para ser explorada e, em muitos casos, resgatada.
Essa obra toca em temas universais que ecoam nas vidas de muitos brasileiros que, em algum momento, enfrentaram o abismo da perda. Através da escrita de Ronaldo Duran, somos levados a um tour emocional por um mundo onde cada desaparecimento é uma ferida aberta e cada lembrança, uma chama que se recusa a apagar-se. Ao longo da história, personagens se aninham na interseção de vidas perdidas e a absoluta necessidade de encontrar significado no que nos rodeia.
Por isso, se você ainda não tateou as páginas dessa obra impactante, está, sem dúvida, perdendo uma oportunidade valiosa de mergulhar na complexidade da existência. É mais do que uma leitura; é um convite ao despertar de uma consciência adormecida. Despoje-se das amarras que te prendem ao cotidiano e mergulhe na aventura de reviver aqueles que, de alguma forma, nunca se foram. E, ao fazê-lo, descubra também um pouco mais sobre si mesmo. 🌌
📖 DESAPARECIDOS
✍ by Ronaldo Duran
2019
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