Diário da catástrofe brasileira
Ano II Um genocídio escancarado 2
Ricardo Lísias
RESENHA

Diário da catástrofe brasileira: Ano II: Um genocídio escancarado não é apenas um livro; é um grito ensurdecedor que ecoa nas páginas da história recente do Brasil. A obra de Ricardo Lísias se propõe a ser mais do que uma reflexão; ela se torna um manifesto visceral, uma chamada à insurreição das consciências. Em um momento em que as tragédias sanitárias e sociais precisam urgentemente ser confrontadas, Lísias nos leva a reviver o pesadelo que se abateu sobre a nação, desnudando um genocídio que já se revelava nas entrelinhas do nosso cotidiano.
Ao longo das 378 páginas, o autor combina memórias, relatos e uma arguta observação do caos que se instalou em nossa sociedade. Ao articular uma crônica contemporânea, não se limita a documentar o sofrimento imposto pela pandemia de COVID-19, mas escava profundamente nas raízes estruturais que permitiram que tais horrores acontecessem. Você, leitor, é transportado para um Brasil que sofre, um Brasil que se despedaça, onde o sistema político e social clama por reparação, e onde a indignação se torna a única forma de resistência.
A habilidade de Lísias em costurar narrativas impactantes é quase poética. Ele não se contém em números e estatísticas; em vez disso, ele humaniza as milhares de vidas perdidas, eleva os gritos silenciados, dando voz até mesmo aos que não estão mais entre nós. A cada página, a intensidade cresce e sentimentos diversos afloram - do mais profundo desespero à raiva corrosiva pela inação governamental.
Os leitores se dividem ao abordar a obra. Muitos exclamam que Diário da catástrofe brasileira é um soco no estômago, uma verdadeira aula de história e de empatia. Outros, por sua vez, se sentem desconfortáveis, talvez pela forma crua com que Lísias enfrenta a realidade da morte, da negligência e da dor. O que está claro é que ele não se esquiva, não faz concessões; o absurdo do que vivemos é retratado sem máscaras.
A crítica é feroz e necessária, e o autor não hesita em colocar dedo na ferida. A catarse provocada pelo desfecho das suas narrativas é inevitável, forçando uma reflexão horrenda sobre o papel de cada um de nós nesse teatro de horrores. O leitor é confrontado com a pergunta quase escandalosa: "que tipo de sociedade estamos dispostos a aceitar?"
Por trás de cada linha, Lísias expõe o abandono, o descaso e o desespero de uma população à mercê da própria sorte. O livro não só informa; ele provoca uma revolução interna. Ao final dessa leitura, você se encontra transformado, e talvez, até mais disposto a agir.
A urgência de Diário da catástrofe brasileira: Ano II: Um genocídio escancarado é palpável. É a obra que precisa ser lida, discutida e, acima de tudo, sentida. Deixe suas certezas no limbo e mergulhe na profunda e, por vezes, brutal realidade que Lísias nos apresenta. Porque não é apenas sobre a pandemia; é sobre o genocídio que nos espreita. É um ato de coragem e um chamado à responsabilidade coletiva. A pergunta que emerge da leitura é: como reagiremos ao conhecimento que nos foi oferecido?
📖 Diário da catástrofe brasileira: Ano II: Um genocídio escancarado: 2
✍ by Ricardo Lísias
🧾 378 páginas
2021
E você? O que acha deste livro? Comente!
#diario #catastrofe #brasileira #genocidio #escancarado #ricardo #lisias #RicardoLisias