Dois poetas rojos
Neruda e Lorca
Roberto Ponciano
RESENHA

Dois poetas rojos: Neruda e Lorca vai muito além de uma simples comparação entre dois titãs da poesia hispano-americana; é como um mergulho intenso na alma efervescente da cultura que moldou suas vidas e obras. Roberto Ponciano não apenas narra a vida de Pablo Neruda e Federico García Lorca, mas tece um mosaico vibrante de emoções, retratando suas sensibilidades, suas lutas e o momento turbulento da história da Espanha e do Chile.
Neruda, com sua paixão ardente e lirismo inebriante, contrasta de forma explosiva com Lorca, que traz uma sensibilidade delicada e um toque quase místico à sua poesia. Juntos, eles criam um diálogo que ressoa em uma época marcada pela Guerra Civil Espanhola e pelas tensões políticas que afetaram seus países. Ponciano se transforma em um guia, que nos conduz pelas ruas de Santiago e Granada, revelando não só as palavras desses poetas, mas toda uma atmosfera cultural que pulsava em cada verso.
A obra começa a provocar a reflexão há muito esquecida sobre o papel da arte em tempos de opressão. Entre os leitores, as opiniões sobre Dois poetas rojos são efervescentes. Alguns veem uma brilhante investigação na prosa de Ponciano, enquanto outros criticam a falta de aprofundamento em certos aspectos. Mas o que muitos concordam é que o livro instiga uma necessidade quase visceral de reverenciar a poesia como um farol em meio à escuridão. 🌌
As rimas apaixonadas de Neruda e o lirismo profundo de Lorca têm uma capacidade quase sobrenatural de tocar os corações e provocar lágrimas. Ao discutir a obra, muitos leitores relatam um sentimento de saudade, não apenas da poesia, mas do que essa poesia representa: esperança, resistência e a eterna luta do ser humano por liberdade e expressão. O livro de Ponciano nos faz encarar o abismo do passado e o eco de suas vozes, lembrando-nos que a arte sempre encontrará um caminho para se manifestar.
No contexto histórico, Dois poetas rojos se transforma em um manifesto silencioso. A Espanha dos anos 30, um turbilhão de conflitos e divergências ideológicas, gera um abismo, e é nesse espaço que Lorca e Neruda moldam suas obras, imortalizando sua dor e suas vitórias. Não é apenas um relato de biografias cruzadas; é uma reflexão sobre a importância de olharmos para o passado e entender como esse legado ainda reverbera em dias de crises contemporâneas.
A urgência em manter viva a chama da poesia é palpável. É uma luta contra o esquecimento, um grito de libertação que ressoa em cada página. O livro não simplesmente te instiga a ler; ele te obriga a sentir cada palavra, a vivenciar a solidão de um poeta sob a sombra da morte, e ao mesmo tempo, a alegria contagiante de um verso que transforma a realidade. 🌊
Ao fechar a leitura, você perceberá que Dois poetas rojos: Neruda e Lorca é mais do que um tributo; é uma jornada emocional, uma chamada à resistência, e um convite a mergulhar nas profundezas do que significa ser poeta em tempos de calamidade. Não deixe que esse chamado passe despercebido!
📖 Dois poetas rojos: Neruda e Lorca
✍ by Roberto Ponciano
🧾 298 páginas
2019
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