Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha
Histórias e contos de fadas assustadores
Liudmila Petruchévskaia
RESENHA

Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha: Histórias e contos de fadas assustadores não é apenas um título. É um convite para um mergulho profundo na escuridão que habita dentro de nós, um abismo onde a solidão, o desespero e o desejo de vingança dançam em um balé macabro. A autora russa Liudmila Petruchévskaia, com uma maestria singular, transforma o que costumamos enxergar como contos de fadas em relatos que ecoam os gritos ensurdecedores de uma realidade angustiante.
Ao folhear as páginas deste livro, você se depara com histórias que desafiam a sua pacata compreensão de "felizes para sempre". Aqui, os personagens não são apenas figuras de contos clássicos; são reflexos distorcidos, espelhos que mostram a face sombria da condição humana. Desde a mulher atormentada por pensamentos obscuros até a rivalidade entre vizinhas, cada narrativa é uma faceta de um mesmo conceito: a incompreensão e a crueldade que permeiam os relacionamentos.
Petruchévskaia, geralmente reconhecida por sua visão incisiva sobre a sociedade russa, amplia a lente de sua observação para captar não apenas a dor feminina, mas também a crítica social que tal dor provoca. Esses contos, que poderiam ser facilmente rotulados como perturbadores, na verdade, exigem que olhemos para o lado mais sombrio da vida com um misto de horror e fascinação. Eles nos obrigam a questionar: até onde você iria quando empurrado para o limite?
Os leitores reagem às suas histórias com uma mistura de repulsa e encantamento. Enquanto muitos se sentem atraídos por essa nova abordagem, outros se perguntam sobre a moralidade do que está sendo dito. Há quem acredite que a autora glorifica a escuridão, mas, na verdade, ela a expõe. É um tapa na cara da complacência, um grito em meio ao silêncio ensurdecedor da indiferença. 🥵
As cenas provocativas geram debates acalorados; as opiniões vão de uma adoração visceral à crítica feroz. "É como um pesadelo que você não consegue acordar", pondera um leitor, enquanto outro se vê compelido a refletir sobre o peso do amor e do ódio, que muitas vezes caminham lado a lado. Se você estiver pronto para essa montanha-russa emocional, Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha é a porta de entrada para um mundo que poucos se atreveriam a explorar.
Neste cenário tenebroso, o que torna a leitura tão irresistível? É a capacidade de Petruchévskaia de transformar a dor em arte, de transitar entre o grotesco e o poético, de nos lembrar que não há contos de fadas sem suas sombras. No final, a pergunta que ressoa após cada página é: você se sente confortável em desafiar suas próprias crenças e mergulhar nesta realidade distorcida? Se a resposta é sim, você, meu caro leitor, está mais do que preparado para a viagem.
Ao fechar este livro, você não apenas terá revisitado as histórias que pensou conhecer, mas também encontrará novas verdades sobre a natureza humana. Provavelmente, você se verá reavaliando suas próprias experiências, suas próprias emoções - e talvez, só talvez, reconhecendo que o que tememos é, de fato, o que nos torna humanos. 🌪 Não perca a chance de enxergar o mundo sob uma nova luz: a de quem o conhece em sua totalidade, com suas sombras e luzes entrelaçadas.
📖 Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha: Histórias e contos de fadas assustadores
✍ by Liudmila Petruchévskaia
🧾 268 páginas
2018
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