Essa Loucura Roubada que não Desejo a Ninguém a não Ser a Mim Mesmo Amém
Charles Bukowski
RESENHA

Essa Loucura Roubada que não Desejo a Ninguém a não Ser a Mim Mesmo Amém é um mergulho visceral nas profundezas da alma humana, um convite irrecusável à autodescoberta. Charles Bukowski, o mestre da crônica existencialista, traz à tona seus medos, anseios e a crueza do cotidiano, tudo isso com uma poesia que sangra autenticidade.
Através de suas palavras, Bukowski não apenas narra uma história; ele desmantela os bastidores da vida urbana, extraindo o que há de mais sombrio e belo. Neste livro, ele nos expõe um universo onde a solidão é quase um personagem à parte, onde o amor se dá em doses cavalares de desilusão e onde cada bebida na solitária mesa do bar ecoa como um grito de desespero e esperança. A realidade crua que ele nos apresenta é uma experiência sensorial que te agarra, trazendo à tona emoções que muitos prefeririam enterrar.
Os leitores são convocados a sentir a aflição e a liberdade que permeiam suas páginas, num jogo arriscado entre o sublime e o grotesco. As críticas, algumas fervorosas, refletem o impacto brutal de sua prosa. Muitos leitores vibram com sua sinceridade, reconhecendo-se nas labaredas de dor e prazer que Bukowski exorta com maestria, enquanto outros rebatem, acusando-o de glorificar a decadência. Essas vozes nos mostram que a obra não se contenta em ser apenas lida; ela provoca debates acalorados e, muitas vezes, divisões de opinião.
Seja na forma de reflexão sobre a solidão, ou na crueza de suas observações sobre a vida dos marginalizados, Bukowski faz você parar e olhar para sua própria existência. Ele te obriga a confrontar a razão do seu lamento, questionando se a vida não é, afinal, uma mistura de loucura e beleza, uma dança entre o desprezo e a reverência por tudo o que somos. A obra clama por atenção, por um exame profundo do que um dia foi ou poderia ter sido.
Essa ambivalência emocional é o que torna esta obra irresistível. Ao folhear suas páginas, é possível sentir o calor do que parece ter sido escrito sob a luz da verdade nua e crua. O eco da voz de Bukowski combina com as vozes de gerações que o precederam e que, de alguma forma, foram tocadas por sua luta, sua paixão, sua arte. A experiência é avassaladora, um convite para você se perder e se encontrar ao mesmo tempo.
Num mundo onde as verdades são constantemente distorcidas, Essa Loucura Roubada que não Desejo a Ninguém a não Ser a Mim Mesmo Amém se ergue como um testemunho da autenticidade. É um alerta para não deixar a vida passar sem sentir sua intensidade e, embora a dor esteja presente, é a libertação que ela pode trazer que, muitas vezes, é a verdadeira essência da liberdade. Depois de ler esta obra, a pergunta que fica é: você se atreveste a olhar para dentro?
A loucura que Bukowski expressa em cada verso não é algo a ser temido, mas uma parte intrínseca de nossa jornada como humanos. Ao final, tudo se torna claro: a vida, com todas as suas camadas de complexidade e contradição, é simplesmente uma loucura que muitos não desejariam viver, mas que ele, com um drástico orgulho, não desejaria mudar por nada. 🌌
📖 Essa Loucura Roubada que não Desejo a Ninguém a não Ser a Mim Mesmo Amém
✍ by Charles Bukowski
🧾 264 páginas
2015
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