Esta valsa é minha
Zelda Fitzgerald
RESENHA

Esta valsa é minha não é apenas um livro; é um mergulho profundo no fascínio e na tragédia da vida de uma mulher que atravessou os altos e baixos da fama e da solidão. Zelda Fitzgerald, famosa como a musa de seu marido, F. Scott Fitzgerald, é trazida à vida através de uma narrativa que ressoa com o eco da Jazz Age e suas promessas desfeitas.
Ao virar as páginas, você não consegue escapar do encanto de uma prosa meticulosamente lapidada e da alma inquieta de Zelda. A obra revela sua luta interna entre ser reconhecida como uma escritora em seu próprio direito e ser ofuscada pela sombra de um genioso. Ela se debate em um mundo que valoriza o brilho e a superficialidade, enquanto sua própria vivência clama por atenção e compreensão. Os leitores são convidados a sentir a desolação e o desejo que permeiam cada linha. O desejo de libertação, de ser mais do que a esposa de F. Scott e, ao mesmo tempo, a dor de ver seu talento sendo eclipsado.
O livro é um retrato vívido de uma época, um espelho da sociedade que ainda ressoa hoje. A beleza efêmera das festas, o glamour dos anos 20 e, por outro lado, a luta silenciosa das mulheres por identidade e espaço nas narrativas dominantes. É uma dança entre sonhos e realidades, entre risos e lágrimas. Ao longo das páginas, você sente o peso do tempo, a sombra do fracasso, e mesmo assim, um lampejo de esperança.
Os comentários dos leitores são polarizados. Muitos aplaudem a profundidade emocional da obra, enquanto outros a consideram uma mera sombra do que poderia ter sido. "Fascinante e doloroso", diz um crítico, enquanto outro menciona: "Zelda se perde em sua própria valsa". Essa dualidade nas opiniões é um lembrete poderoso de que a arte pode, e deve, provocar discussões.
E, fundamentalmente, Esta valsa é minha toca o âmago da ambição feminina e da luta por reconhecimento em uma era que frequentemente desprezava as vozes das mulheres. É impossível não se sentir compelido a refletir sobre as lutas e triunfos de Zelda, cujas palavras teimam em transcender a História.
Esta obra é um convite para contemplar o que significa ser um artista em um mundo que insiste em colocar um rótulo sobre nós. Zelda Fitzgerald não somente cativa; ela dá voz a todas as mulheres que sonham ser ouvidas em um mundo que dita as regras da valsa. Ao final, você emerge com um desejo ardente de saber mais, de entender melhor a mulher que desafiou as convenções, mas nunca deixou de dançar sua própria dança.
📖 Esta valsa é minha
✍ by Zelda Fitzgerald
🧾 304 páginas
2014
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