Eu, cupido
Um romance nada romântico
Julia Braga
RESENHA

No universo literário, onde histórias fadadas ao amor arrebatador e ao romance clássico reinam, surge a obra de Julia Braga, Eu, cupido: Um romance nada romântico. Uma explosão de sarcasmo e ironia faz com que você, caro leitor, questione tudo o que você acreditava saber sobre o amor. Em 304 páginas, a autora nos apresenta uma narrativa que desafia os estereótipos do 'felizes para sempre', enquanto mergulha em um mar de emoções complexas, que vão de risadas incontroláveis a reflexões profundas sobre relacionamentos.
A premissa é intrigante: nossa protagonista, uma mulher que vive cercada pela desilusão amorosa, se vê em meio a uma teia de desencontros e situações cômicas, catapultadas por um "cupido" bem diferente do que se imagina-a própria desilusão. Aqui, Braga não se limita a contar uma história romântica tradicional; ela faz uma crítica mordaz aos ideais de amor platônico e perfeito, algo que já se tornou quase dinossáurico em nossa era digital, repleta de relações fugazes e superficialidades.
É impossível não se deixar levar pela habilidade de Braga em costurar diálogos ágeis e cenas que transbordam de autenticidade. Cada riso provocador revela uma crítica à maneira como somos bombardeados por padrões irrealistas de amor nas redes sociais. Você se reconhece em cada falha da protagonista, onde a busca por um amor épico se transforma em uma série de encontros frustrantes e hilários. As expectativas despedaçadas tornam-se um espelho das desilusões que muitos de nós enfrentamos, instigando um riso involuntário até nos momentos mais sombrios.
Os leitores se dividem nas opiniões sobre a obra: enquanto alguns a chamam de um sopro de ar fresco, outros criticam a aparente falta de idealização do amor. Mas, honestamente, quem deseja um amor de contos de fadas quando se pode ter a autenticidade crua da vida real? Através de comentários apaixonados, admiradores da obra exaltam a coragem de Julia em abordar o amor sob uma luz diferente, longe do glamour que muitas vezes ofusca a sinceridade.
O livro, portanto, não é um convite ao romantismo clichê; é um manifesto! Um grito rebelde que ecoa a todos nós que já perdemos a fé naquele final feliz fabricado. Você sentirá o convite de entrar em uma jornada repleta de nuanças e autenticidade, despertando reflexões sobre o que realmente significa se conectar com outra pessoa em um mundo tão volúvel.
No fim, Eu, cupido: Um romance nada romântico não é apenas uma leitura; é um olhar profundo sobre nossas relações contemporâneas, como um espelho que nos força a confrontar as verdades que muitas vezes tentamos ignorar. Então, por que não deixar a superficialidade de lado e se aventurar nesta narrativa? Desafie-se a aceitar que o amor pode ser tão complexo quanto divertido, e que talvez, só talvez, a desilusão seja o primeiro passo para a mais pura liberdade. E você, está pronto para se apaixonar pela honestidade brutal da vida?
📖 Eu, cupido: Um romance nada romântico
✍ by Julia Braga
🧾 304 páginas
2021
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