Eu não nasci mãe
O que precisei desaprender para aprender a ser mãe
Lua Barros
RESENHA

Eu não nasci mãe: O que precisei desaprender para aprender a ser mãe é muito mais do que um simples relato; é um manifesto visceral sobre a paternidade, o amor e a desconstrução de estigmas. Lua Barros, com suas palavras afiadas e reflexões profundas, nos conduz por uma jornada emocional que desafia tudo o que pensamos saber sobre maternidade. A obra é um grito de liberdade, um convite para que todas as mulheres, e até os homens, repensem seus papéis na sociedade e a forma como a maternidade é percebida.
Ao longo de suas 168 páginas, Barros nos mostra que a maternidade não é uma essência que já nasce com a mulher, mas um aprendizado contínuo, um processo de desaprendizado. Ela desmantela a ideia idealizada da "mãe perfeita" e expõe as fragilidades, inseguranças e desafios que permeiam essa experiência. Observações cuidadosas sobre a relação mãe e filho, somadas a uma narrativa crua e honesta, fazem com que o leitor se sinta íntimo dessa batalha diária que muitas enfrentam, criando uma conexão visceral com a autora.
Diferente de muitos livros que tentam normatizar o conceito de ser mãe, Eu não nasci mãe desafia a norma. O que Barros apresenta não são fórmulas prontas, mas reflexões poderosas que te forçam a examinar sua própria existência e suas crenças. O desejo ardente de ser uma mãe "adequada", algo que a sociedade muitas vezes espera, é colocado à prova em cada capítulo. Ela nos faz questionar: o que realmente significa ser mãe? Será que ser mãe é preencher expectativas externas ou é, de fato, um ato de amor próprio e autenticidade?
Os leitores têm se mostrado divididos em suas opiniões. Enquanto muitos aplaudem a coragem da autora em abordar temas tabus, há críticas que apontam sua abordagem como excessivamente radical. No entanto, essa polarização apenas demonstra a relevância da obra em tempos de reavaliação das normas sociais. Em uma época em que a saúde mental e a individualidade são frequentemente negligenciadas, Barros explode em palavras que ressoam com um eco muito necessário. 🌪
"Desaprender para aprender" é o mantra que permeia o texto, uma frase que ecoa em nossa cabeça e nos obriga a pensar. Essa ideia de que precisamos descontruir nossos próprios preconceitos, crenças e até mesmo a imagem que temos de nós mesmos é um ponto crucial que a autora nos instiga a explorar.
Mãe ou não, a obra de Lua Barros é um convite à reflexão, um chamado à ação e um desabafo. É um manifesto para todos aqueles que se sentem pressionados por normas sociais ou padrões inatingíveis. Com palavras que cortam como uma lâmina, ela nos lembra que a jornada de cada um é única e que, acima de tudo, ser verdadeiro consigo mesmo é o maior dos ensinamentos.
No final, Eu não nasci mãe se torna um abalo sísmico em nossa forma de encarar a maternidade e a paternidade. Você, que viveu ou vive essa experiência, vai se ver entrelaçado nas teias emocionais que Barros desenha. Se você ainda não se permitiu entender e sentir, este livro pode ser a chave que abrirá portas para uma nova compreensão. Assim, quem sabe, você não descobre que a verdadeira maternidade pode ser, afinal, um ato de revolução pessoal. 💥
📖 Eu não nasci mãe: O que precisei desaprender para aprender a ser mãe
✍ by Lua Barros
🧾 168 páginas
2020
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