Feijão, Angu e Couve
Eduardo Frieiro
RESENHA

Feijão, Angu e Couve não é apenas uma coletânea de palavras; é um grito visceral que ecoa pelas vielas da vida cotidiana. Nesta obra de Eduardo Frieiro, somos convidados a mergulhar na essência da cultura brasileira, enraizada em sabores, memórias e tradições que se entrelaçam como as mãos de uma avó que cuida de seus filhos e netos em torno da mesa, compartilhando não apenas alimentos, mas também histórias.
Frieiro, com sua prosa afiada e observadora, nos transporta para o coração pulsante de nossa sociedade. Ele tece narrativas que falam do cotidiano, do cheiro do feijão borbulhando no fogão e do angú, que é mais do que um prato: é um símbolo de resistência. Aqui, a culinária é um reflexo da luta, da fé, da esperança e da simplicidade que muitas vezes perdemos na correria do dia a dia.
A obra se debruça sobre as relações humanas, as conquistas e as desilusões. Em cada página, Flieiro, vibra sua voz única e apaixonada, nos obrigando a ver nossa própria história retratada em cada garfada de um prato tradicional. É um convite à reflexão, que nos faz olhar para dentro e questionar: o que realmente importa? O que deixamos de lado na busca pelo sucesso?
Os leitores mergulham em um mar de emoções, onde risos e lágrimas se entrelaçam. Comentários fervorosos exaltam a capacidade do autor de capturar a essência genuína de momentos simples, ressaltando a emoção que isso traz à tona. No entanto, críticas não hesitam em aparecer, apontando como, em alguns momentos, a narrativa poderia se aprofundar mais em aspectos culturais, trazendo à mesa dilemas sociais que permeiam nossa realidade.
Ainda assim, o poder de Frieiro não deve ser subestimado. Sua habilidade de fazer com que seu público sinta a textura do angú, ouça o tilintar das panelas e sinta o calor humano das tradições, brilha e deixa seus leitores sedentos por mais.
Neste mundo onde as relações se tornam digitais e efêmeras, Feijão, Angu e Couve se ergue como um manifesto. A obra nos provoca a valorizar o que é autêntico, a nos reconectar com nossas raízes. Ao final de sua leitura, você não será apenas um espectador; será parte de um todo, uma tradição viva que clama por reconhecimento e valorização.
E quando você virar a última página, sentirá a urgência de compartilhar essas vivências com outros, de reunir amigos e familiares à mesa. Porque, no fundo, essas histórias são suas também. Elas vivem em você, na sua essência, na sua cultura. Venha e descubra a profundidade que esse prato de Feijão, Angu e Couve tem a oferecer. Sua vida nunca mais será a mesma. 🍽💫
📖 Feijão, Angu e Couve
✍ by Eduardo Frieiro
🧾 150 páginas
2020
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