Fico besta quando me entendem
Entrevistas com Hilda Hilst
Cristiano Diniz
RESENHA

Fico besta quando me entendem: Entrevistas com Hilda Hilst, de Cristiano Diniz, não é simplesmente um livro; é um portal para o cosmos da mente inquieta e genial da poeta e escritora Hilda Hilst. As páginas deste trabalho são como uma chave mestra que destranca o fluxo de pensamentos e emoções de uma das figuras mais instigantes da literatura brasileira. Aqui, é como se a própria Hilda, com seu espírito livre e provocador, estivesse diretamente conversando com você, desnudando suas inquietações sobre amor, morte, arte e a complexidade do ser.
Diniz, ao compilar essas entrevistas, não apenas homenageia a obra de Hilst, mas também nos força a confrontar nossas próprias percepções. As falas da autora reverberam e ecoam, como uma música melancólica que nos faz questionar: o que realmente entendemos do outro? Sua vida e obra foram marcadas por um profundo questionamento existencial, refletido nas perguntas e respostas que enchem essas páginas. E é essa intensidade que nos captura, nos hipnotiza, como os versos de um poema que nos toca de maneira visceral.
Os leitores foram unânimes em suas reações, e a obra gerou um turbilhão de opiniões. Muitos se deixaram envolver pela sinceridade e pela profundidade das reflexões de Hilst. No entanto, não faltaram vozes críticas que apontaram a complexidade da linguagem e a densidade temática, considerando-a, em alguns momentos, como uma barreira ao entendimento. Mas isso, talvez, é uma das intenções de Hilda: provocar. Afinal, na arte, o incômodo é muitas vezes um sinal de que estamos na direção certa.
Não se trata apenas de uma biografia ou de um simples compilado de entrevistas. Fico besta quando me entendem é um manifesto sobre a liberdade de expressão, sobre o ato de ser, e sobre a angústia que permeia o existir. Ao longo de suas páginas, somos levados a revisitar a história do Brasil sob a ótica de uma mulher que não se calou diante das imposições sociais e políticas. Hilda desbrava os labirintos da psique humana e nos convoca a fazer o mesmo: a explorar, a sentir, a realmente estar presente.
O legado de Hilst é inegável. Sua influência se pode ver em diversos autores contemporâneos que a reconhecem como uma ponte entre o modernismo e as novas vozes do Brasil. Ela não só quebrou tabus, mas também ampliou fronteiras, desafiando o leitor a queimar seus próprios conceitos e preconceitos a cada verso, a cada reflexão. E essa obra de Diniz é uma celebração arrebatadora de tudo isso.
Portanto, ao abrir Fico besta quando me entendem, você não está apenas prestes a ler um livro; você está se preparando para um encontro íntimo com a própria Hilda Hilst, para uma jornada filosófica que vai ressoar em sua mente e coração muito depois da última página. Esta obra é um convite à reflexão e à ousadia. Não perca a chance de se deixar levar por essa montanha-russa emocional! ✨️
📖 Fico besta quando me entendem: Entrevistas com Hilda Hilst
✍ by Cristiano Diniz
🧾 236 páginas
2013
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