Frankenstein
Ou o Prometeu Moderno 58
Mary Shelley
RESENHA

Frankenstein: Ou o Prometeu Moderno não é meramente um preconceito literário, mas um grito desesperado na noite mais sombria da humanidade. Neste clássico provocador, Mary Shelley nos oferece um banquete de reflexões sobre a ambição, a ética e as profundezas sombrias da alma humana. Um universo onde a criação e o criador colidem em uma tragédia atemporal; a história de Victor Frankenstein e sua criatura ecoa por séculos, desafiando o leitor a confrontar questões que vão muito além da ficção.
Shelley, uma jovem escritora à sombra da Revolução Industrial, capturou o zeitgeist de sua época. Ela era uma mulher em um mundo dominado por homens, mas sua voz ressoou com uma força sobrenatural. O que a levou à penumbra de sua criação? A busca incessante pelo conhecimento, o desejo de desafiar as leis naturais e, em última análise, a solidão aterradora que vem com a rejeição. Essa narrativa não é apenas sobre um cientista e sua criação malfadada; é uma reflexão sombria sobre o que significa ser humano, a busca por pertencimento e as consequências de brincar de Deus.
🚨 A história de Frankenstein nos força a experimentar as emoções cruas do desespero e do abandono. Quando o monstro, uma mera sombra de esperança, é repelido por sua feiura e estranheza, seu clamor por aceitação ecoa em nossas próprias inseguranças. A luta por identidade e amor se revela numa intensidade avassaladora. Nossos corações pulsam junto com a dor da criatura, que, apesar de sua aparência aterradora, carrega um fardo de solidão que qualquer um pode compreender.
As reações dos leitores ao longo dos anos também são um reflexo deste intenso embate emocional. Muitos se sentem compelidos a defendê-lo como um mártir da rejeição, enquanto outros veem em Victor Frankenstein uma representação assustadora da arrogância humana. As críticas variam de adulação à condenação, o que demonstra a complexidade de emoções que Mary Shelley conseguiu evocar. ✨️ Alguns gritam que a obra beira a profecia sobre a ciência descontrolada; outros a exaltam como um tratado sobre a responsabilidade moral de quem cria.
Eis um apelo irresistível a quem ainda não se aventurou nas páginas de Shelley: Frankenstein não é apenas uma história de terror. É um convite à reflexão, uma convocação à empatia e um aviso às consequências da ambição desmedida. Para aqueles que temem o que não entendem, a história serve de lembrete de que a verdadeira monstruosidade reside não na aparência, mas nas ações.
Ao revisitar as suas páginas, somos instigados a olhar para nós mesmos - para nossas falhas, nossos medos e nossas frustrações. O que estaremos criando? Que tipo de monstros habitam em nós? A cada parágrafo, Mary Shelley nos empurra a confrontar os fantasmas de nossas próprias existências, ao mesmo tempo que lança um olhar provocador sobre as ramificações da ciência e da moralidade.
Esta obra não pode ser ignorada. Ela ressoa de maneira impressionante com os dilemas que enfrentamos na sociedade contemporânea, onde a ética científica é frequentemente deixada de lado em nome do progresso. O que você faria se tivesse o poder de criar vida? Poderíamos brincar de Deus, mas as consequências são eternas. Frankenstein é uma leitura essencial que nos liga ao nosso lado humano e nos lembra do valor da empatia e da aceitação. Se ainda não se deixou seduzir por essa narrativa assombrosa, chegou a hora de se permitir mergulhar nessa experiência. 🌌
📖 Frankenstein: Ou o Prometeu Moderno: 58
✍ by Mary Shelley
🧾 212 páginas
2012
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